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Dólar recua após trégua comercial entre EUA e China

Moeda norte-americana recuou 0,35%, a R$ 3,8423 na venda, depois de acumular alta de 3,58% em novembro, terminando o mês a R$ 3,8558

Dólar: moeda foi influenciada pelo fato de os presidentes dos Estados Unidos e da China terem concordado no final de semana em suspender novas tarifas comerciais por 90 dias (Sertac Kayar/Reuters)

Dólar: moeda foi influenciada pelo fato de os presidentes dos Estados Unidos e da China terem concordado no final de semana em suspender novas tarifas comerciais por 90 dias (Sertac Kayar/Reuters)

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Reuters

Publicado em 3 de dezembro de 2018 às 17h07.

Última atualização em 3 de dezembro de 2018 às 17h08.

São Paulo - O dólar terminou a segunda-feira, 3, em queda ante o real, sob influência do mercado internacional após os presidentes dos Estados Unidos e da China terem concordado no final de semana em suspender novas tarifas comerciais por 90 dias, e ainda com a disparada do preço do petróleo aliviando a pressão sobre o câmbio.

O dólar recuou 0,35 por cento, a 3,8423 reais na venda, depois de acumular alta de 3,58 por cento em novembro, terminando o mês a 3,8558 reais. Na mínima, foi a 3,8152 reais. O dólar futuro tinha baixa de cerca de 0,50 por cento.

"A trégua de 90 dias no embate comercial Estados Unidos/China dá algum respiro momentâneo aos mercados que esperam que durante esse período as maiores economias do planeta possam enfim encontrar bom termo nas negociações comerciais", escreveu o operador de câmbio da corretora Advanced, Alessandro Faganello, ao acrescentar que a "notícia tende a aumentar o apetite por risco".

China e EUA concordaram em não aplicar tarifas adicionais, em um acerto que evita que a guerra comercial cresça, no momento em que ambos os lados tentam resolver as divergências em novas negociações que visam alcançar um acordo dentro de 90 dias.

A Casa Branca disse no sábado que o presidente Donald Trump, falou ao presidente chinês, Xi Jinping, que ele não aumentará as tarifas sobre 200 bilhões de dólares em bens chineses para 25 por cento em 1º de janeiro, como anunciado anteriormente. Pequim, por sua vez, concordou em comprar uma quantidade não especificada, mas "muito substancial" de produtos agrícolas, energéticos e industriais, disse a Casa Branca em comunicado. Também concordou em "reduzir e remover" tarifas abaixo do nível de 40 por cento sobre veículos dos EUA.

No exterior, o dólar caía ante a cesta de moedas e também ante divisas de países emergentes, como os pesos chileno e mexicano. O forte avanço dos preços do petróleo nesta sessão, sob influência da trégua comercial e antes de uma reunião dos produtores nesta semana, também ajudava a aliviar a pressão no câmbio. Há expectativa de que os integrantes da Opep anunciem um corte na produção.

Internamente, os investidores monitoravam o noticiário político, ainda à espera de um acordo sobre a cessão onerosa e também a recuperação do futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, que convalesce de uma infecção viral.

O BC vendeu nesta sessão 13,83 mil contratos de swap cambial tradicional, equivalente à venda futura de dólares. Desta forma, rolou 691,5 milhões de dólares do total de 10,373 bilhões de dólares que vence em janeiro. Se mantiver essa oferta diária e vendê-la nas próximas três semanas, como previu o BC em nota, terá feito a rolagem integral.

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