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Dólar recua ante real após dados positivos dos EUA

Dados mais fortes do que o esperado sobre a economia norte-americana alimentaram o apetite por risco dos investidores


	Câmbio: às 12h01, a moeda norte-americana recuava 0,34 por cento, a 2,3409 reais na venda, após chegar a bater 2,3579 reais na máxima do dia. O giro financeiro estava em torno de 450 milhões de dólares
 (Bruno Domingos/Reuters)

Câmbio: às 12h01, a moeda norte-americana recuava 0,34 por cento, a 2,3409 reais na venda, após chegar a bater 2,3579 reais na máxima do dia. O giro financeiro estava em torno de 450 milhões de dólares (Bruno Domingos/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 20 de março de 2014 às 12h17.

São Paulo - O dólar operava em queda ante o real nesta quinta-feira, após dados mais fortes do que o esperado sobre a economia norte-americana alimentar o apetite por risco dos investidores, mas ainda em meio à cautela diante da possibilidade de alta dos juros nos Estados Unidos já no próximo ano.

Às 12h01, a moeda norte-americana recuava 0,34 por cento, a 2,3409 reais na venda, após chegar a bater 2,3579 reais na máxima do dia. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro estava em torno de 450 milhões de dólares.

"Os dados dos EUA vieram positivos e trouxeram um pouco de bom humor. Acabaram ajudando o real", afirmou um operador de câmbio de um banco nacional.

O índice do Fed da Filadélfia subiu 9,0 por cento em março, ante expectativas de crescimento de 3,8 por cento, segundo pesquisa Reuters. Da mesma forma, os indicadores antecedentes dos EUA mostraram avanço de 0,5 por cento em fevereiro, acima de estimativas de 0,2 por cento.

Mas a cautela ainda imperava no mercado, após o Federal Reserve, banco central dos EUA, sinalizar na véspera que pode elevar as taxas de juros já em 2015.

"Ainda estamos na ressaca da Yellen", disse o superintendente de câmbio da corretora Advanced, Reginaldo Siaca.

Ele referia-se às considerações da véspera da chair do Fed, Janet Yellen, quando indicou que pode começar a elevar a taxa de juros em torno de seis meses depois de encerrar o programa de compra mensal de títulos. Desde dezembro, o banco central anunciou três cortes de 10 bilhões de dólares no estímulo, atualmente em 55 bilhões de dólares.


O mercado reagiu imediatamente às declarações, entendendo que o aumento nos juros pode vir mais cedo do que se esperava, atraindo recursos atualmente aplicados em economias emergentes de volta para a maior economia do mundo. Segundo pesquisa Reuters com economistas de Wall Street, no entanto, não começará a elevar as taxas de juros dos Estados Unidos até o segundo semestre de 2015.

No Brasil, a constante atuação do Banco Central brasileiro ajudava a conter as oscilações do câmbio. Nesta sessão, deu continuidade às intervenções diárias vendendo a oferta total de até 4 mil swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólares. Foram 1 mil contratos para 1º de outubro e 3 mil para 1º de dezembro deste ano, com volume equivalente a 198,0 milhões de dólares.

Além disso, também vendeu a oferta total de até 10 mil swaps para a rolagem dos vencimentos em 1º de abril. Com isso, a autoridade monetária já rolou cerca de 45 por cento do lote total para o próximo mês, equivalente a 10,148 bilhões de dólares.

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