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Dólar tem leves oscilações de olho em exterior e Previdência

Às 12:02, o dólar avançava 0,06 por cento, a 3,7076 reais na venda, depois de terminar a véspera em alta de 1,39 por cento, a 3,7053 reais

O dólar iniciou a terça-feira em queda ante o real (Gary Cameron/Reuters)
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Reuters

Publicado em 30 de outubro de 2018 às 09h16.

Última atualização em 30 de outubro de 2018 às 12h15.

São Paulo - O dólar

operava com leves oscilações ante o real nesta terça-feira, monitorando o cenário externo e o noticiário político local um dia depois de o presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), ter dito que tentará aprovar já neste ano alguns pontos da reforma da Previdência em tramitação no Congresso.

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Às 12:02, o dólar avançava 0,06 por cento, a 3,7076 reais na venda, depois de terminar a véspera em alta de 1,39 por cento, a 3,7053 reais. Na mínima, a moeda foi a 3,6782 reais e, na máxima, a 3,7220 reais. O dólar futuro tinha variação negativa de cerca de 0,07 por cento.

Bolsonaro afirmou na véspera que vai conversar com o governo do presidente Michel Temer na próxima semana para discutir projetos que possam ser aprovadas ainda este ano no Congresso Nacional, incluindo a reforma da Previdência.

Ele afirmou ainda que irá tentar impedir que o Congresso aprove neste ano medidas chamadas pautas-bomba, para que não afetem ainda mais as contas públicas do país.

"Nas primeiras comunicações pós-eleição, Bolsonaro e outros representantes de seu governo reforçaram o compromisso com a agenda econômica liberal e mantiveram o tom unificador", destacou a corretora XP em relatório.

"O comprometimento com a agenda econômica e priorização da mesma é um forte sinal na direção do mercado, mesmo que a execução disso ainda seja complexa em 2018", completou.

Nesta manhã, o futuro ministro da Fazenda do governo Bolsonaro, Paulo Guedes, negou que o governo planeje vender as reservas internacionais, a não ser no caso de um "ataque especulativo" que fizesse o dólar atingir o patamar de 5 reais.

Também defendeu a permanência de Ilan Goldfajn como presidente do Banco Central, embora isso ainda não esteja definido, e que o BC deve ser independente e ter mandato não coincidente com o do presidente da República.

Com a fala de Guedes, o dólar bateu a mínima da sessão, para depois voltar a registrar as leves oscilações.

O mercado também estava de olho na possibilidade de o Senado votar o projeto de lei da cessão onerosa, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo desta terça-feira.

A expectativa sobre a rolagem do vencimento de dezembro de swaps cambiais tradicionais --equivalente à venda futura de dólares-- trazia alguma cautela aos investidores.

"O volume é expressivo. O BC tem anunciado sua intenção de rolar geralmente no final do mês. Como o dólar caiu bastante esse mês, há a dúvida sobre se haverá ou não rolagem integral", disse o gestor de derivativos de uma corretora estrangeira.

No mês até a véspera, o dólar acumulava queda de 8,22 por cento ante o real.

Em dezembro, vencem 12,217 bilhões de dólares em swaps cambiais. Além disso, na próxima segunda-feira vencem 900 milhões de dólares em linha, que o mercado acredita que o BC pode deixar vencer.

Nesta terça-feira, o BC vendeu 6.530 contratos de swap cambial tradicional, concluindo a rolagem dos 8,027 bilhões de dólares que vencem em novembro.

No exterior, o dólar subia ante uma cesta de moedas, tendo atingido uma nova máxima de 2 meses e meio devido às preocupações sobre uma intensificação da guerra comercial entre Estados Unidos e China. Ante as emergentes, no entanto, o dólar operava em queda.

Na véspera, a Bloomberg informou que Washington está se preparando para anunciar tarifas sobre todas as importações chineses remanescentes no início de dezembro se as negociações entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o presidente chinês, Xi Jinping, planejadas para o próximo mês, não aliviarem a guerra comercial.

Nesta terça-feira, Trump disse acreditar que haverá "um grande acordo comercial" com a China.

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