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Dólar recua 1,28% com recuperação de preços do petróleo

Moda norte-americana recuou 1,28%, a R$ 3,7822 na venda

Dólar: recuperação das moedas emergentes no exterior também influenciaram recuo (Chung Sung-Jun/Getty Images)

Dólar: recuperação das moedas emergentes no exterior também influenciaram recuo (Chung Sung-Jun/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 14 de novembro de 2018 às 17h21.

Última atualização em 14 de novembro de 2018 às 17h22.

São Paulo - O dólar registrou queda firme ante o real nesta quarta-feira, 14, num movimento de correção após a forte alta da véspera, influenciado pela recuperação das moedas emergentes no exterior e pela valorização dos preços do petróleo.

O dólar recuou 1,28 por cento, a 3,7822 reais na venda, depois de terminar a sessão anterior em alta de quase 2 por cento, a 3,8313 reais, maior valor desde 5 de outubro. Na mínima, o dólar marcou 3,7672 reais. Na máxima, foi a 3,8203 reais. O dólar futuro tinha queda de cerca de 0,40 por cento.

"O nível de 3,83 reais me parece muito exagerado, sobretudo diante da velocidade com que o dólar chegou lá. Tende a pedir uma correção", argumentou o operador de câmbio da corretora H.Commcor Cleber Alessie Machado.

Depois de o tombo de 7 por cento nos preços do petróleo ter ajudado na alta do dólar na véspera, nesta quarta-feira os preços da commodity subiram com a crescente perspectiva de membros da Opep e aliados cortarem a produção. Diante disso, o dólar caía ante as moedas de emergentes e exportadores de commodities, como o rublo.

A moeda norte-americana também recuava ante a cesta de moedas, em meio à leitura de gradualismo na trajetória do aumento dos juros pelo banco central do país após os dados de preços aos consumidores nos EUA mostrarem inflação em linha com as expectativas em outubro. O euro registrava leve baixa ante o dólar, em dia de dados ruins da zona do euro e após a Itália reapresentar seu orçamento com as mesmas premissas de crescimento e déficit do projeto que foi rejeitado no mês passado, mas com a dívida caindo.

Internamente, seguiu no foco o noticiário político, em dia de reuniões do presidente eleito Jair Bolsonaro em Brasília. Pela manhã, ele se encontrou com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e, à tarde, com governadores eleitos.

O Banco Central vendeu nesta sessão 13,6 mil contratos de swap cambial tradicional, equivalente à venda futura de dólares. Desta forma, rolou 6,120 bilhões de dólares do total de 12,217 bilhões de dólares que vence em dezembro. Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.

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