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Dólar recua 1% e vai abaixo de R$ 3,50

Às 11h20, o dólar recuava 1,17 por cento, a 3,4727 reais na venda, após subir mais de 1 por cento na véspera


	Dólares: às 11h20, o dólar recuava 1,17 por cento, a 3,4727 reais na venda, após subir mais de 1 por cento na véspera
 (Flickr/Creative Commons/401kcalculator.org)

Dólares: às 11h20, o dólar recuava 1,17 por cento, a 3,4727 reais na venda, após subir mais de 1 por cento na véspera (Flickr/Creative Commons/401kcalculator.org)

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Da Redação

Publicado em 14 de agosto de 2015 às 12h13.

São Paulo - O dólar recuava 1 por cento e ia abaixo de 3,50 reais nesta sexta-feira, refletindo o recuo nos mercados externos após o iuane interromper uma série de três dias consecutivos de depreciação, movimento que vinha golpeando o apetite por risco nos mercados globais.

A percepção de menor risco político corroborava o movimento do câmbio no mercado brasileiro, com investidores enxergando menores chances de a presidente Dilma Rousseff não terminar seu mandato após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso decidir que as contas do governo devem ser analisadas em sessão conjunta do Congresso Nacional, e não separadamente pela Câmara dos Deputados ou Senado.

Às 11h20, o dólar recuava 1,17 por cento, a 3,4727 reais na venda, após subir mais de 1 por cento na véspera e voltar acima de 3,50 reais.

"Tanto aqui quanto lá fora, temos fatores que justificam algum alívio", disse o superintendente de câmbio da corretora Tov, Reginaldo Siaca.

O iuane fechou esta sexta-feira praticamente estável, com operadores afirmando que uma combinação de mensagens tranquilizadoras de reguladores e ordens de compra de bancos estatais limitaram os movimentos do mercado. A queda da moeda chinesa nas últimas três sessões tem prejudicado o apetite por ativos de mercados emergentes.

No Brasil, a decisão de Barroso também contribuía para o bom humor, uma vez que, na avaliação de operadores, afasta a perspectiva de impeachment. Com a decisão, perde força a articulação do presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para apreciar as contas da presidente Dilma Rousseff de 2014, sob análise no Tribunal de Contas da União (TCU).

"O mercado teve um surto, mas está voltando à realidade. Não dá para trabalhar com um cenário de impeachment como cenário-base", disse o tesoureiro-chefe de um banco nacional.

Mais tarde, o Banco Central dará continuidade à rolagem dos swaps cambiais que vencem em setembro, com oferta de até 11 mil contratos, equivalentes à venda futura de dólares.

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