Mercados

Dólar recua 0,36% para menor patamar desde 10 de abril

O comportamento da moeda esteve alinhado ao que foi visto no exterior, onde a divisa dos EUA cedeu ante algumas emergentes


	Dólar norte-americano: moeda fechou cotada a R$ 2,2070
 (Scott Eells)

Dólar norte-americano: moeda fechou cotada a R$ 2,2070 (Scott Eells)

DR

Da Redação

Publicado em 14 de maio de 2014 às 17h15.

São Paulo - Com o fluxo de entrada de recursos para a Bovespa e para o mercado de juros, o dólar recuou 0,36% em relação ao real, cotado a R$ 2,2070 - menor cotação desde 10 de abril de 2014.

O comportamento da moeda também esteve alinhado ao que foi visto no exterior, onde a divisa dos EUA cedeu ante algumas emergentes.

Por volta das 16h30, o giro era de US$ 907 milhões, segundo dados da clearing de câmbio da BM&FBovespa. O dólar para junho tinha desvalorização de 0,36%, a R$ 2,2218.

O volume de negociação era de quase US$ 10,55 bilhões. A divisa norte-americana também perdia terreno ante a rupia indonésia (-0,74%) e o rublo russo (-0,48%).

O dólar teve dois momentos distintos no pregão. Pela manhã, a moeda dos EUA operou em alta diante do real e, no meio do dia, passou a cair, com um fluxo de entrada de recursos.

E a baixa do dólar ocorreu a despeito de o Banco Central ter informado, justamente no meio do dia, que o fluxo cambial ficou negativo em US$ 2,509 bilhões na semana passada, fazendo a saída de dólares superar a entrada em US$ 1,737 bilhão em maio até dia 9.

A expectativa de que o BCE adote mais medidas de estímulos no bloco econômico de 18 países enfraquece o euro.

O desempenho da produção industrial da zona do euro reforça a fragilidade da recuperação na região, ao registrar queda de 0,3% em março ante fevereiro, em linha com as expectativas.

Já a libra passou a cair esta manhã em reação ao relatório de inflação do Banco Central da Inglaterra (BoE), considerado mais suave (dovish) do que se esperava.

Hoje, o presidente do BoE, Mark Carney, sinalizou que a instituição não tem pressa para elevar as taxas de juros.

A declaração vem um dia depois de o BC da Alemanha indicar que pode apoiar mais estímulos na reunião do Banco Central Europeu (BCE) de junho.

Na semana passada, o presidente do BCE, Mario Draghi, após o encontro de política monetária, afirmou que ações poderiam ser tomadas no encontro de junho.

Os investidores monitoraram a participação do ministro da Fazenda, Guido Mantega, em audiência pública na Câmara dos Deputados. Mas as palavras ficaram em segundo plano.

Além de dizer que a crise já foi superada e que 2013 foi o ano da virada, Mantega também ressaltou que o Brasil vive há dois anos com pressão do câmbio e que a desvalorização do real pode ser boa para o exportador, mas também causa pressão inflacionária.

Ele afirmou ainda que mesmo no período de maior turbulência da crise econômica internacional o Brasil não deixou de receber Investimento Externo Direto (IED).

"De janeiro a março nós já temos, anualizado em 12 meses, US$ 65 bilhões (em IED)", disse.

Acompanhe tudo sobre:CâmbioDólarMoedas

Mais de Mercados

Wall Street tem dia de liquidação e bolsas caem até 3,4% nos EUA

O que é 'carry trade'? Entenda a operação por trás das quedas do mercado nesta segunda-feira

O que é a Regra de Sahm e por que ela acende alerta de recessão nos EUA

Caos nas bolsas: mercado precifica possível corte de emergência do Fed

Mais na Exame