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Dólar passa a oscilar frente ao real com dado mais forte nos EUA

Às 12:01, a moeda americana recuava 0,03 por cento, a 3,1500 reais na venda, depois de bater 3,1331 reais na mínima do dia

 (foto/Thinkstock)

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Reuters

Publicado em 1 de fevereiro de 2017 às 12h24.

São Paulo - O dólar abandonou a queda e passou a operar com leves oscilações ante o real nesta quarta-feira, após dados mais fortes sobre o mercado privado de trabalho norte-americano reforçarem expectativas de que o Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, pode elevar ainda mais os juros.

Às 12:01, o dólar recuava 0,03 por cento, a 3,1500 reais na venda, depois de bater 3,1331 reais na mínima do dia. O dólar futuro operava com leve alta de 0,16 por cento.

"O dado (de emprego) eleva as expectativas... e pode de fato levar o Fed a ser mais 'hawkish'", afirmou o operador de uma corretora nacional, lembrando o relatório do mercado de trabalho norte-americano mais amplo que será divulgado na sexta-feira e deve mostrar a criação de 175 mil postos de trabalho em janeiro, conforme pesquisa Reuters.

Os empregadores do setor privado dos Estados Unidos criaram 246 mil vagas de trabalho em janeiro, acima da expectativa dos economistas consultados pela Reuters de 165 mil postos de trabalho, com estimativas que variaram de 140 mil a 200 mil.

O Fed se reúne nesta quarta-feira, com divulgação às 17h (horário de Brasília), para definir os novos rumos da política monetária dos Estados Unidos, no primeiro encontro após Donald Trump assumir a Presidência do país.

A expectativa é de que o Fed não mude a taxa de juros do país agora, uma vez que aguarda maior clareza sobre as políticas econômicas do republicano, mas apostas de mais elevações à frente podem surgir.

O Fed elevou a taxa de juros referencial na reunião de dezembro, a segunda alta em uma década, para a faixa entre 0,5 e 0,75 por cento. O banco central norte-americano prevê mais três aumentos neste ano.

Juros mais altos podem atrair recursos aplicados em outros mercados, como o brasileiro, que tendem a migrar para a maior economia do mundo.

No exterior, o dólar passou a subir com mais força ante uma cesta de moedas depois de registrar o início de ano mais fraco em três décadas diante de preocupações de que os Estados Unidos caminham para abandonar duas décadas da chamada política de "dólar forte". Em janeiro, acumulou queda de 2,6 por cento.

Mais cedo, o dólar recuou frente ao real diante das expectativas de mais ingressos do exterior. O Brasil tem recebido fluxos positivos em meio a um período em que empresas estão captando recursos no exterior. Segundo dado mais recente do Banco Central, em janeiro até o dia 20, o fluxo cambial estava positivo em 3,612 bilhões de dólares.

Internamente, o mercado também estava atento à indicação do novo relator da operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), que deve ocorrer nesta sessão.

O BC não anunciou intervenção para este pregão, pelo menos por enquanto. Na véspera, o presidente do BC, Ilan Goldfajn, disse que a autoridade pode rolar parcialmente ou não rolar os swaps tradicionais --equivalentes à venda de dólares no futuro-- que vencem em março, equivalentes a 6,954 bilhões de dólares.

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