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Onde o dólar vai parar?

O dólar na casa dos 3,20 reais – que era projetado por especialistas assim que a presidente Dilma fosse afastada – demorou, mas chegou. Ontem o dólar caiu 2% e fechou o dia a 3,24 reais. Para especialistas, os 3,20 vieram para ficar. A queda da moeda, que já caiu 19,6% no ano, foi intensificada […]

Dólar: especialistas esperam o dólar a 3,20 reais no fim deste ano / EXAME Hoje
DR

Da Redação

Publicado em 29 de junho de 2016 às 17h45.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h08.

O dólar na casa dos 3,20 reais – que era projetado por especialistas assim que a presidente Dilma fosse afastada – demorou, mas chegou. Ontem o dólar caiu 2% e fechou o dia a 3,24 reais. Para especialistas, os 3,20 vieram para ficar.

A queda da moeda, que já caiu 19,6% no ano, foi intensificada nos últimos dias por um conjunto de fatores. No cenário interno, aumentou a percepção de que o Banco Central deixará o câmbio flutuar livremente, com o discurso de seu presidente Ilan Goldfajn na terça-feira. Na gestão de seu antecessor, Alexandre Tombini, o BC intervia toda vez que o dólar caía abaixo dos 3,50 reais.

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Mas o maior propulsor da queda veio de fora. “Os investidores estão fugindo de mercados que pareciam mais seguros, como o europeu. O dólar está se desvalorizando em relação a todas as moedas de países emergentes”, diz Fernando Bergallo, diretor de câmbio da consultoria FB Capital.

Para os mais otimistas, a moeda deve cair ainda mais no curto prazo. “Podemos ver o dólar chegando a 3,14 reais em menos de um mês e encostando nos 3 reais no fim do ano”, afirma Caio Esteves, analistas da consultoria FN Capital. Um problema em vista: os dólares que estão entrando no país nos últimos dias são fruto de especulação – já que a situação econômica e política continua instável – e podem deixar o Brasil com a mesma velocidade que chegaram.

Não custa lembrar que os perigos continuam por perto. Um aumento da taxa de juros nos Estados Unidos pode provocar uma fuga de dólares do Brasil. As eleições presidenciais por lá também podem mexer com os ânimos. “Um crescimento de Donald Trump causaria um nervosismo geral nos investidores, o que derrubaria o real”, afirma Arnaldo Curvello, diretor da gestora Ativa Wealth Management.

Por aqui, qualquer surpresa no processo de impeachment da presidente Dilma também deve levar a um aumento da moeda. Se isso acontecer, os 4 reais do início do ano podem estar logo ali.

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