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Dólar minimiza rebaixamento pela S&P e cai

O dólar à vista no balcão fechou em queda de 0,60%, a R$ 2,3070, depois de testar uma mínima abaixo de R$ 2,30 durante a tarde


	Dólar: avaliação de que alteração da nota do país já havia sido antecipada e fato de perspectiva ter passado de negativa para estável abriram espaço para recuo do dólar
 (Karen Bleier/AFP)

Dólar: avaliação de que alteração da nota do país já havia sido antecipada e fato de perspectiva ter passado de negativa para estável abriram espaço para recuo do dólar (Karen Bleier/AFP)

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Da Redação

Publicado em 25 de março de 2014 às 17h19.

São Paulo - O mercado de câmbio até esboçou nesta terça-feira, 25, uma reação negativa ao rebaixamento do Brasil pela agência de classificação de risco Standard & Poor's (S&P), ontem, com alta na abertura dos negócios hoje.

Porém, a avaliação de que a alteração da nota do país já havia sido em grande parte antecipada e o fato de a perspectiva ter passado de negativa para estável abriram espaço para um recuo do dólar. Houve ainda contribuições do cenário internacional e de movimentos técnicos.

O dólar à vista no balcão fechou em queda de 0,60%, a R$ 2,3070, depois de testar uma mínima abaixo de R$ 2,30 durante a tarde (R$ 2,2990). No mercado futuro, a moeda para abril cedia 0,84%, a R$ 2,3095, às 16h38.

Segundo uma fonte do mercado de câmbio, havia no início do dia uma aposta contra a moeda brasileira por causa do rebaixamento pela S&P. Mas essa informação foi rapidamente assimilada e os investidores se apegaram ao "outlook" estável para desmontar posições, favorecendo a queda do dólar.

A virada ocorreu com leilão de contratos de swap cambial (até US$ 200 milhões), a queda do dólar ante moedas emergentes no exterior e a garantia de vigilância do Banco Central para conter a volatilidade excessiva.

Em resposta à S&P, por meio de comunicado, o BC informou que responderá de forma clássica e robusta aos desafios internacionais e que poderá combinar austeridade na condução da política macroeconômica, flexibilidade cambial e utilização dos colchões de proteção acumulados ao longo do tempo (reservas de liquidez), para suavizar os movimentos nos preços dos ativos.

No cenário internacional, os investidores reagiram à possibilidade de medidas de estímulo na China, que possam garantir a meta de crescimento almejada pela segunda maior economia do mundo.

O recuo do dólar foi determinado, ainda, pela percepção registrada nos últimos dias de que há um fluxo de recursos em direção ao Brasil. Tais entradas, contudo, não chamaram tanto a atenção hoje.

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