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Dólar fecha estável sobre o real

O dólar fechou praticamente estável em relação ao real com a piora no cenário externo ofuscando o fato de o Banco Central não ter atuado no mercado

Dólar: dólar recuou 0,01 por cento, a 3,5398 reais na venda (Gary Cameron/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 5 de maio de 2016 às 17h33.

São Paulo - O dólar fechou praticamente estável em relação ao real nesta quinta-feira, com a piora no cenário externo após a redução nos ganhos dos preços internacionais do petróleo ofuscando o fato de o Banco Central não ter atuado no mercado pelo segundo dia seguido.

O dólar recuou 0,01 por cento, a 3,5398 reais na venda, após atingir 3,5080 reais na mínima desta sessão e 3,5527 reais na máxima. O dólar futuro operava com leve queda de 0,2 por cento no fim da tarde.

"O mercado hoje estava seguindo mais o lado externo... ainda existem receios com dados da China, dos Estados Unidos e o petróleo também perdeu força", disse o gerente de câmbio da corretora Treviso, Reginaldo Galhardo.

Os preços internacionais petróleo chegaram a subir mais de 4 por cento mais cedo, após um incêndio florestal perto de áreas de extração no Canadá e a escalada de tensões na Líbia aumentarem expectativas de investidores sobre redução da oferta de petróleo no curto prazo. Mas os preços perderam força e fecharam em alta em torno de 1 por cento, Com isso, o dólar acabou ganhando força frente a moedas como o peso mexicano e em relação a uma cesta de divisas.

Ainda no exterior, o mercado aguardava a divulgação de novos dados sobre o mercado de trabalho norte-americano no dia seguinte. Nesta quinta-feira, os pedidos iniciais de auxílio-desemprego nos Estados Unidos subiram mais do que o esperado na semana passada.

A aproximação do dólar de 3,50 reais, patamar que muitos operadores consideram como um piso do BC para evitar prejudicar os exportadores, também atraiu compras nesta sessão.

"A leitura é que não tem muito espaço para cair abaixo de 3,50 reais. Então, conforme se aproximou disso, o mercado aproveitou para comprar", disse o operador de câmbio da corretora Spinelli José Carlos Amado.

Nesta sessão, o BC deixou de realizar leilão de swap cambial reverso, equivalente a compra futura de dólares, pelo segundo dia seguido. O BC voltou ao mercado quando o dólar chegou a fechar abaixo de 3,45 reais no fim da semana passada.

De maneira geral, analistas consideram que a tendência para o dólar permanece de queda em meio às expectativas de mudança de governo com o avanço do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Na véspera, o relator do pedido de impeachment, senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), apresentou parecer favorável à abertura do processo, como esperado, desclassificando as alegações de que o processo se trata de um golpe.

Na próxima semana, o Senado deve votar o afastamento da presidente e, caso seja aprovado, o vice Michel Temer assume o comando do país. Ele já indicou que o ex-presidente do BC Henrique Meirelles será seu ministro da Fazenda, o que tem agradado os mercados financeiros.

Os investidores também acompanharam a notícia de que, nesta manhã, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki suspendeu o mandato de deputado do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), em decisão liminar, argumentando que a medida é necessária para neutralizar riscos apontados pela Procuradoria-Geral da República de interferência em investigações contra ele.

A maioria dos ministros do STF, no final desta tarde, já havia concordado com Zavascki, confirmando a sua decisão de suspender o mandato de Cunha.

"O afastamento do Cunha tira um peso para o Temer... A saída dele é vista como positiva para a sociedade porque ele sairia da linha sucessória", disse o superintendente regional de câmbio da SLW, João Paulo de Gracia Correa.

Texto atualizado às 17h33

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São Paulo - O dólar fechou praticamente estável em relação ao real nesta quinta-feira, com a piora no cenário externo após a redução nos ganhos dos preços internacionais do petróleo ofuscando o fato de o Banco Central não ter atuado no mercado pelo segundo dia seguido.

O dólar recuou 0,01 por cento, a 3,5398 reais na venda, após atingir 3,5080 reais na mínima desta sessão e 3,5527 reais na máxima. O dólar futuro operava com leve queda de 0,2 por cento no fim da tarde.

"O mercado hoje estava seguindo mais o lado externo... ainda existem receios com dados da China, dos Estados Unidos e o petróleo também perdeu força", disse o gerente de câmbio da corretora Treviso, Reginaldo Galhardo.

Os preços internacionais petróleo chegaram a subir mais de 4 por cento mais cedo, após um incêndio florestal perto de áreas de extração no Canadá e a escalada de tensões na Líbia aumentarem expectativas de investidores sobre redução da oferta de petróleo no curto prazo. Mas os preços perderam força e fecharam em alta em torno de 1 por cento, Com isso, o dólar acabou ganhando força frente a moedas como o peso mexicano e em relação a uma cesta de divisas.

Ainda no exterior, o mercado aguardava a divulgação de novos dados sobre o mercado de trabalho norte-americano no dia seguinte. Nesta quinta-feira, os pedidos iniciais de auxílio-desemprego nos Estados Unidos subiram mais do que o esperado na semana passada.

A aproximação do dólar de 3,50 reais, patamar que muitos operadores consideram como um piso do BC para evitar prejudicar os exportadores, também atraiu compras nesta sessão.

"A leitura é que não tem muito espaço para cair abaixo de 3,50 reais. Então, conforme se aproximou disso, o mercado aproveitou para comprar", disse o operador de câmbio da corretora Spinelli José Carlos Amado.

Nesta sessão, o BC deixou de realizar leilão de swap cambial reverso, equivalente a compra futura de dólares, pelo segundo dia seguido. O BC voltou ao mercado quando o dólar chegou a fechar abaixo de 3,45 reais no fim da semana passada.

De maneira geral, analistas consideram que a tendência para o dólar permanece de queda em meio às expectativas de mudança de governo com o avanço do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Na véspera, o relator do pedido de impeachment, senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), apresentou parecer favorável à abertura do processo, como esperado, desclassificando as alegações de que o processo se trata de um golpe.

Na próxima semana, o Senado deve votar o afastamento da presidente e, caso seja aprovado, o vice Michel Temer assume o comando do país. Ele já indicou que o ex-presidente do BC Henrique Meirelles será seu ministro da Fazenda, o que tem agradado os mercados financeiros.

Os investidores também acompanharam a notícia de que, nesta manhã, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki suspendeu o mandato de deputado do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), em decisão liminar, argumentando que a medida é necessária para neutralizar riscos apontados pela Procuradoria-Geral da República de interferência em investigações contra ele.

A maioria dos ministros do STF, no final desta tarde, já havia concordado com Zavascki, confirmando a sua decisão de suspender o mandato de Cunha.

"O afastamento do Cunha tira um peso para o Temer... A saída dele é vista como positiva para a sociedade porque ele sairia da linha sucessória", disse o superintendente regional de câmbio da SLW, João Paulo de Gracia Correa.

Texto atualizado às 17h33
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