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Dólar fecha em queda com exterior e fluxo cambial

Dados do fluxo cambial semanal, que mostraram forte entrada de recursos no país na semana passada, ajudaram na fraqueza do dólar


	Dólares: moeda à vista no balcão terminou sessão cotada a R$ 2,2200, queda de 0,27%
 (Karen Bleier/AFP)

Dólares: moeda à vista no balcão terminou sessão cotada a R$ 2,2200, queda de 0,27% (Karen Bleier/AFP)

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Da Redação

Publicado em 7 de maio de 2014 às 16h58.

São Paulo - O dólar fechou em queda ante o real nesta quarta-feira, 7, marcando a segunda baixa consecutiva.

Um alívio com as tensões na Ucrânia ajudou o sentimento em relação aos ativos emergentes de um modo geral, enquanto um discurso "dovish" da presidente do Federal Reserve, Janet Yellen, pressionou a divisa norte-americana.

Dados do fluxo cambial semanal, que mostraram forte entrada de recursos no país na semana passada, ajudaram na fraqueza do dólar.

O dólar à vista no balcão terminou a sessão cotado a R$ 2,2200, uma queda de 0,27%.

Por volta das 16h30 o giro registrado na clearing de câmbio da BM&FBovespa era de US$ 1,44 bilhão. No mercado futuro, o dólar para junho recuava 0,56%, a R$ 2,2350. O volume de negociação era de quase US$ 12,44 bilhões.

O dólar também perdia terreno ante outras moedas emergentes e de países ligados a commodities, como a lira turca (-0,36%) e o rand sul-africano (-0,38%).

Hoje, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, informou que retirou suas tropas da fronteira com a Ucrânia e pediu que rebeldes do leste do país adiem um referendo sobre independência planejado para este fim de semana, colaborando para aliviar as tensões e aumentar o apetite dos investidores globais por risco.

Além disso, a presidente do Fed adotou um tom "dovish" em um depoimento hoje no Congresso dos EUA.

Yellen disse que a situação do mercado de trabalho está longe de ser a ideal e que a política acomodatícia será justificável por um período considerável de tempo.

Segundo ela, as compras mensais de bônus devem ser encerradas no outono (no Hemisfério Norte), ou seja, entre o fim de setembro e o fim de dezembro - isso se a economia continuar melhorando.

Mesmo assim, ela expressou preocupação com a desaceleração do mercado imobiliário.

No noticiário nacional, o Banco Central informou que na semana entre 28 de abril e 2 de maio houve entrada de US$ 2,239 bilhões no país, o que colaborou para que o saldo no mês passado ficasse positivo em US$ 2,783 bilhões.

No ano, a entrada é de US$ 5,614 bilhões.

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