Dólares: moeda oscilou bastante ao longo do dia, ora em alta, junto com o exterior, ora em baixa, influenciada entre outros fatores pelos leilões de swap cambial do BC (Karen Bleier/AFP)
Da Redação
Publicado em 12 de março de 2014 às 17h15.
São Paulo - O dólar interrompeu hoje uma sequência de três altas consecutivas diante do real, período no qual acumulou valorização de quase 2%, e recuou 0,13%, cotado a R$ 2,360 no mercado à vista de balcão.
O movimento esteve relacionado não apenas a uma pressão menor vinda do exterior, mas principalmente ao fluxo cambial positivo verificado na primeira semana de março.
A moeda dos EUA oscilou bastante ao longo do dia, ora em alta, junto com o exterior, ora em baixa, influenciada entre outros fatores pelos leilões de swap cambial do Banco Central.
Do meio da tarde para frente, porém, o dólar perdeu um pouco de vigor ante as demais divisas ligadas a commodities e emergentes, o que, somado ao fluxo cambial positivo conhecido na hora do almoço, definiu o rumo de baixa da moeda.
O dólar futuro para abril recuava 0,27% perto de 16h30, a R$ 2,33715, com giro financeiro de US$ 13,28 bilhões. Na clearing de câmbio da BM&FBovespa, o movimento no horário acima era de US$ 937,7 milhões.
O fluxo cambial mostrou forte reversão neste começo de mês, depois de ficar negativo em US$ 1,856 bilhão em fevereiro. Segundo o Banco Central, a entrada líquida de recursos no país em março até o dia 7 somou US$ 2,702 bilhões, resultado de um fluxo positivo de US$ 2,505 bilhões da área financeira, somado ao ingresso de US$ 198 milhões do segmento comercial.
Agora, no acumulado do ano, o fluxo está positivo em US$ 2,457 bilhões. Hoje, inclusive, o presidente do BC, Alexandre Tombini, disse que os fluxos de investimentos estrangeiros "continuam fortes nos primeiros dias úteis de março".
Logo cedo, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o IPCA de fevereiro subiu 0,69%, dentro das estimativas e um pouco acima da mediana encontrada pelo AE Projeções, de 0,65%. O indicador de difusão do IPCA, segundo cálculos da Rosenberg & Associados, caiu para 63,6% no índice de fevereiro, após bater em 71,5% no mês anterior.