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Dólar fecha em alta pelo 2o dia, a R$1,5690

Fechamento seguiu a valorização global da moeda enquanto o mercado ainda digere os detalhes da nova taxa sobre operações com derivativos

O dólar subiu 0,61 por cento no mercado à vista, para 1,5690 real (Getty Images)

O dólar subiu 0,61 por cento no mercado à vista, para 1,5690 real (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 28 de julho de 2011 às 17h35.

São Paulo - O dólar teve alta pelo segundo dia consecutivo nesta quinta-feira, acompanhando a valorização global da moeda enquanto os agentes ainda digeriam os detalhes da nova taxa sobre operações com derivativos.

O dólar subiu 0,61 por cento no mercado à vista, para 1,5690 real.

A taxa Ptax , calculada pelo Banco Central e usada como referência para contratos futuros e derivativos, fechou a 1,5651 real para venda, em alta de 0,08 por cento.

"A alta do dólar hoje expressa muito objetivamente o mercado de moeda lá fora", disse Jorge Knauer, diretor de tesouraria do banco Prosper.

Em relação a uma cesta com as principais divisas <.DXY>, o dólar tinha alta de 0,21 por cento às 17h, diminuindo parte da queda recente. A moeda tem sofrido com o impasse sobre a dívida dos Estados Unidos, mas nesta quinta-feira aproveitou a cautela dos investidores com a Europa após leilões de títulos da Itália com os maiores juros em 11 anos.

No Brasil, ainda sobravam dúvidas sobre o impacto da nova taxação sobre derivativos. Na quarta-feira, o dólar teve a maior alta em mais de um ano (1,35 por cento), saindo das mínimas desde 1999, após a adoção do imposto.

Em reação à notícia, os estrangeiros reduziram as posições vendidas líquidas em contratos futuros e de cupom cambial.

Segundo dados da BM&F Bovespa, os não-residentes detinham 21,263 bilhões de dólares em posição vendida em dólar na véspera, uma redução ante os 22,878 bilhões do dia anterior.

A aposta no fortalecimento do real bateu recorde no começo do mês, chegando a quase 25 bilhões de dólares.

De acordo com Knauer, "a liquidez diminuiu um pouco no futuro, mas está normal, não está anormal. O (mercado) à vista aumentou um pouco a liquidez, afinal de contas algumas operações que estavam sendo feitas via derivativos passaram a ser feitas no mercado à vista." (Reportagem de Silvio Cascione; Edição de Alexandre Caverni)

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