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Dólar fecha em alta e vai a R$ 3,862 em dia de volatilidade

As atenções se dividiram entre os desdobramentos da crise política interna e a reunião do Federal Reserve, o banco central dos EUA


	Dólares: o dólar à vista terminou o dia em alta de 0,76%, cotado a R$ 3,862. No mercado futuro, a divisa para liquidação em outubro subia 1,10% às 16h50, a R$ 3,891
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Dólares: o dólar à vista terminou o dia em alta de 0,76%, cotado a R$ 3,862. No mercado futuro, a divisa para liquidação em outubro subia 1,10% às 16h50, a R$ 3,891 (thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 17 de setembro de 2015 às 17h50.

São Paulo - Esta quinta-feira, 17, foi de volatilidade no mercado de câmbio, que voltou a fechar em alta após uma breve trégua na véspera.

As atenções se dividiram entre os desdobramentos da crise política interna e a reunião do Federal Reserve, o banco central dos EUA, que no meio da tarde decidiu adiar mais uma vez o aumento dos juros na maior economia do mundo.

O dólar à vista terminou o dia em alta de 0,76%, cotado a R$ 3,862. No mercado futuro, a divisa para liquidação em outubro subia 1,10% às 16h50, a R$ 3,891.

Pela manhã, quando o conturbado cenário doméstico mais pesou, a cotação do dólar no mercado à vista chegou à máxima de R$ 3,906 (+1,90%), patamar superior aos R$ 3,905 registrados após a perda do grau de investimento pela Standard & Poor's.

Nesse momento, uma das principais fontes de estresse eram os comentários de que a presidente Dilma Rousseff estaria sendo pressionada pelo ex-presidente Lula a alterar a atual política monetária, por meio de um afrouxamento do ajuste fiscal e redução de taxa de juros.

A possibilidade foi desmentida pela assessoria do Instituto Lula, o que reduziu a pressão sobre os mercados.

À tarde, quando as atenções se voltaram mais à decisão de política monetária dos Estados Unidos, a cotação do dólar à vista passou a perder forças e foi à mínima de R$ 3,8340 (+0,03%) às 15h48.

O mercado futuro de juros acompanhou a tendência e as taxas foram conduzidas também às mínimas. Para isso contribuíram a desaceleração do dólar no mercado internacional e a queda dos juros dos Treasuries, os títulos do Tesouro dos EUA.

O Fed manteve a taxa básica de juros no atual patamar, de 0% a 0,25% e não deu sinalização clara sobre quando começará a ajustar a taxa para cima.

A análise das estimativas do Fed para alguns indicadores e do discurso da presidente da instituição, Janet Yellen, no entanto, levou os investidores à percepção de que ficaram reduzidas as chances de alta de juros nos próximos meses. Com isso, ganhou força o movimento de venda de dólares em todo o mundo.

Em meio à movimentação dos investidores após o anúncio do Fed, operadores perceberam um forte componente especulativo no mercado, o que trouxe a volatilidade de volta ao câmbio e levou o dólar a acelerar novamente ante o real.

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