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Dólar fecha com leve queda após vitória de Temer

Apesar do resultado, os 263 votos favoráveis ao governo são insuficientes para garantir a aprovação da reforma da Previdência

Dólar: a moeda americana recuou 0,20%, a 3,1136 reais na venda (Foto/Thinkstock)
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Reuters

Publicado em 3 de agosto de 2017 às 17h26.

São Paulo - O dólar encerrou a quinta-feira com leve baixa ante o real, após o presidente Michel Temer ter conseguido na noite passada barrar na Câmara dos Deputados o andamento da denúncia contra ele por crime de corrupção passiva por maioria absoluta.

Apesar do resultado, os 263 votos favoráveis ao governo são insuficientes para garantir a aprovação da reforma da Previdência, considerada essencial pelos agentes econômicos para colocar as contas públicas do país em ordem. A reforma precisa de 308 votos por se tratar de uma Proposta de Emenda à Constituição.

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O dólar recuou 0,20 por cento, a 3,1136 reais na venda, renovando o menor valor de fechamento desde 16 de maio (3,0955 reais). Na mínima do dia, a moeda registrou 3,1111 reais. O dólar futuro tinha leve alta de 0,02 por cento.

"Nem tanto ao mar, nem tanto à terra", escreveu a corretora Guide em relatório. "É difícil interpretar estes números como sinal inequívoco de que Temer conseguirá aprovar novas reformas no Congresso", acrescentou.

O governo agora vai se voltar novamente para a agenda econômica, sobretudo com a Previdência e a simplificação tributária, após a demonstração de força política na véspera, conquistada em meio à intensa liberação de verbas por meio de emendas parlamentares.

Mas o movimento não será dos mais fáceis. O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), defendeu depois da votação da véspera que a base seja reorganizada para retomar a discussão da reforma da Previdência.

Nesta quinta-feira, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou que a expectativa é de ver a reforma da Previdência aprovada em outubro. Disse ainda que o governo está "trabalhando duro" na reforma tributária, que deverá ser apresentada ao Congresso Nacional "proximamente".

O mercado também ficará de olho porque outras denúncias contra o Temer podem surgir, já que o presidente também é investigado por crimes de obstrução de Justiça e organização criminosa.

"Ainda assim, a possibilidade de avanços na reforma da Previdência, em vista ao placar largo em favor do presidente, é maior neste momento e a pretensa estabilidade política que se segue pode incrementar os índices de confiança como um todo", afirmou o economista-chefe da corretora Infinity, Jason Vieira, em nota.

No exterior, o dólar operava com leves oscilações ante uma cesta de moedas e subia ante algumas divisas de países emergentes, como o peso mexicano e lira turca, à espera da divulgação do relatório do mercado de trabalho dos Estados Unidos na sexta-feira.

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