Mercados

Dólar encosta em R$3,16 com cautela dos investidores

Os mercados continuam cautelosos diante do adiamento da votação da reforma da Previdência na comissão especial da Câmara dos Deputados

Dólar: o Banco Central vendeu, pelo quarto dia seguido, mais um lote de 16 mil contratos de swap cambial tradicional (leviticus/Thinkstock)

Dólar: o Banco Central vendeu, pelo quarto dia seguido, mais um lote de 16 mil contratos de swap cambial tradicional (leviticus/Thinkstock)

R

Reuters

Publicado em 20 de abril de 2017 às 17h37.

São Paulo - O dólar subiu nesta quinta-feira e se aproximou de 3,16 reais, com investidores cautelosos antes do fim de semana prolongado, em meio às eleições presidenciais francesas e incertezas com o andamento da reforma da Previdência.

O dólar avançou 0,32 por cento, a 3,1574 reais na venda, maior valor de fechamento desde 14 de março, quando encerrou a 3,1693 reais. Na semana, o dólar subiu 0,35 por cento.

Na primeira parte dos negócios, contudo, a moeda norte-americana cedeu ante o real, influenciada pelo cenário externo e com algum alívio diante da cena política brasileira, após o governo ter conseguido garantir o regime de urgência para a votação da reforma trabalhista na Câmara dos Deputados.

Na mínima da sessão, o dólar recuou a 3,1322 reais e, na máxima, subiu a 3,1710 reais. O dólar futuro subia 0,22 por cento.

Os mercados continuam cautelosos diante do adiamento da votação da reforma da Previdência na comissão especial da Câmara dos Deputados, e evitaram assumir posições antes do feriado de Tiradentes, que manterá as praças brasileiras fechadas nesta sexta-feira.

"Na dúvida, o mercado prefere dormir comprado (em dólar)", justificou um profissional da mesa de uma corretora local.

Mais cedo, predominou o maior otimismo após a Câmara dos Deputados ter aprovado na noite anterior requerimento para conferir regime de urgência à reforma trabalhista, possibilitando sua votação na próxima semana. Um dia antes, o governo havia sido derrotado nesta matéria, o que alimentou preocupações sobre a tramitação da reforma da Previdência, considerada fundamental para colocar as contas públicas em ordem.

"O governo conseguir reverter a derrota da urgência foi positivo, mostrando que ele está conseguindo se articular para ganhar consenso", afirmou mais cedo o economista da corretora Guide Investimentos Ignácio Crespo Rei.

O Banco Central vendeu, pelo quarto dia seguido, mais um lote de 16 mil contratos de swap cambial tradicional --equivalente à venda futura de dólares-- para rolagem dos contratos que vencem em maio.

Dessa forma, já rolou 3,2 bilhões de dólares do total de 6,389 bilhões de dólares.

Acompanhe tudo sobre:Banco CentralDólarReforma da Previdência

Mais de Mercados

Bloqueio de R$ 15 bi e corrida eleitoral americana: os assuntos que movem o mercado

A bolsa da América do Sul que pode ser uma das mais beneficiadas pela IA

Ibovespa fecha em queda com incertezas fiscais no radar; dólar sobe para R$ 5,59

Ações da Volvo sobem 7% enquanto investidores aguardam BCE

Mais na Exame