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Dólar encerra em alta, apesar de PIB e atuações do BC

Mas a cotação subiu depois que o BC rejeitou propostas em outros dois leilões de linha e em meio aos receios com uma guerra na Síria

Dólar: moeda à vista no balcão fechou com valorização de 0,21%, a R$ 2,3830. Em agosto, acumulou ganho de 4,61% e, no ano, de 16,53% (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 30 de agosto de 2013 às 17h45.

São Paulo - Neste último pregão do mês, marcado pela disputa de investidores no vencimento de contrato no mercado futuro, várias atuações do Banco Central (BC) e acirramento de preocupações com a Síria, o dólar à vista encerrou em alta. A moeda norte-americana chegou a cair na manhã desta sexta-feira, 30, após a divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre e da realização de leilão de swap cambial (equivalente à venda de dólares no mercado futuro).

Mas a cotação subiu depois que o BC rejeitou propostas em outros dois leilões de linha (venda de dólares com compromisso de recompra) e em meio aos receios com uma guerra na Síria. O dólar à vista no balcão fechou com valorização de 0,21%, a R$ 2,3830. Em agosto, acumulou ganho de 4,61% e, no ano, de 16,53%.

Na mínima, às 10h14, a divisa dos EUA atingiu R$ 2,3430 (-1,47%). A baixa foi motivada pelo resultado do PIB do segundo trimestre, que avançou 1,5% ante os três primeiros meses deste ano e 3,3% sobre o segundo trimestre de 2012. O resultado veio acima das estimativas de analistas. Além disso, o leilão do BC negociou 7 mil contratos de swap para 1/11/2013 (US$ 349,2 milhões) e 23 mil contratos para 2/1/2014 (US$ 1,142 bilhão).

Com mais liquidez no mercado futuro, a moeda seguiu em baixa, mas perto das 11h25 reverteu para valorização. A virada veio assim que o BC recusou propostas no primeiro leilão de linha programado para o dia - dentro da estratégia de fazer, até o fim do ano, operações deste tipo às sextas-feiras. Em uma segunda tentativa, minutos depois, o BC novamente não aceitou propostas. Posteriormente, o BC convocou outro leilão de linha, entre 12h15 e 12h20, numa oferta de até US$ 1 bilhão. Desta vez, foram aceitas propostas, sendo que o BC não informa quanto foi emprestado.

Os movimentos do BC ocorreram em meio à disputa de comprados (que apostam na valorização do dólar) e vendidos (que apostam na baixa) para a formação da Ptax. A taxa, calculada pelo BC e que será usada como referência para liquidação dos derivativos cambiais de setembro, encerrando o dia com alta de 0,62%, a R$ 2,3725. No mês, avançou 3,59%.

"A influência da Ptax foi forte pela manhã. Tínhamos um interesse de Ptax para cima muito claro no fim da tarde de ontem, com o mercado precisando comprar moeda. O BC fez leilões, mas não foi suficiente para conter", comentou um profissional da mesa de câmbio de um grande banco.

Além disso, a expectativa de que possa haver uma ataque à Síria, liderado pelos Estados Unidos, favoreceu a busca por segurança. À tarde, o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, acusou o governo Sírio de ter planejado, com antecedência, o ataque com armas químicas contra forças rebeldes do país. Para o presidente dos EUA, Barack Obama, o ataque precisa ter uma resposta.

"Os mercados, de certa forma, refletem a Síria, porque pode haver um ataque", afirmou Alfredo Barbutti, economista da BGC Liquidez Corretora. Na máxima, às 15h27, a moeda chegou a atingir R$ 2,3960 no balcão (+0,76%). De acordo com outro profissional, a proximidade do fim de semana fez alguns investidores manter e até elevar posições em dólar, justamente porque "algo pode ocorrer". De olho na pressão, o BC já anunciou para segunda-feira dois leilões de swap - um de 10 mil contratos e outro de 20 mil contratos.

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São Paulo - Neste último pregão do mês, marcado pela disputa de investidores no vencimento de contrato no mercado futuro, várias atuações do Banco Central (BC) e acirramento de preocupações com a Síria, o dólar à vista encerrou em alta. A moeda norte-americana chegou a cair na manhã desta sexta-feira, 30, após a divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre e da realização de leilão de swap cambial (equivalente à venda de dólares no mercado futuro).

Mas a cotação subiu depois que o BC rejeitou propostas em outros dois leilões de linha (venda de dólares com compromisso de recompra) e em meio aos receios com uma guerra na Síria. O dólar à vista no balcão fechou com valorização de 0,21%, a R$ 2,3830. Em agosto, acumulou ganho de 4,61% e, no ano, de 16,53%.

Na mínima, às 10h14, a divisa dos EUA atingiu R$ 2,3430 (-1,47%). A baixa foi motivada pelo resultado do PIB do segundo trimestre, que avançou 1,5% ante os três primeiros meses deste ano e 3,3% sobre o segundo trimestre de 2012. O resultado veio acima das estimativas de analistas. Além disso, o leilão do BC negociou 7 mil contratos de swap para 1/11/2013 (US$ 349,2 milhões) e 23 mil contratos para 2/1/2014 (US$ 1,142 bilhão).

Com mais liquidez no mercado futuro, a moeda seguiu em baixa, mas perto das 11h25 reverteu para valorização. A virada veio assim que o BC recusou propostas no primeiro leilão de linha programado para o dia - dentro da estratégia de fazer, até o fim do ano, operações deste tipo às sextas-feiras. Em uma segunda tentativa, minutos depois, o BC novamente não aceitou propostas. Posteriormente, o BC convocou outro leilão de linha, entre 12h15 e 12h20, numa oferta de até US$ 1 bilhão. Desta vez, foram aceitas propostas, sendo que o BC não informa quanto foi emprestado.

Os movimentos do BC ocorreram em meio à disputa de comprados (que apostam na valorização do dólar) e vendidos (que apostam na baixa) para a formação da Ptax. A taxa, calculada pelo BC e que será usada como referência para liquidação dos derivativos cambiais de setembro, encerrando o dia com alta de 0,62%, a R$ 2,3725. No mês, avançou 3,59%.

"A influência da Ptax foi forte pela manhã. Tínhamos um interesse de Ptax para cima muito claro no fim da tarde de ontem, com o mercado precisando comprar moeda. O BC fez leilões, mas não foi suficiente para conter", comentou um profissional da mesa de câmbio de um grande banco.

Além disso, a expectativa de que possa haver uma ataque à Síria, liderado pelos Estados Unidos, favoreceu a busca por segurança. À tarde, o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, acusou o governo Sírio de ter planejado, com antecedência, o ataque com armas químicas contra forças rebeldes do país. Para o presidente dos EUA, Barack Obama, o ataque precisa ter uma resposta.

"Os mercados, de certa forma, refletem a Síria, porque pode haver um ataque", afirmou Alfredo Barbutti, economista da BGC Liquidez Corretora. Na máxima, às 15h27, a moeda chegou a atingir R$ 2,3960 no balcão (+0,76%). De acordo com outro profissional, a proximidade do fim de semana fez alguns investidores manter e até elevar posições em dólar, justamente porque "algo pode ocorrer". De olho na pressão, o BC já anunciou para segunda-feira dois leilões de swap - um de 10 mil contratos e outro de 20 mil contratos.

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