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Dólar é cotado abaixo de R$ 2,60 com mercado atento ao Copom

A expectativa é de nova elevação da Selic em 0,50 ponto porcentual, de 11,75% para 12,25%


	Dólar: após abrir em baixa de 0,46%, a R$ 2,604, o dólar à vista no balcão tocava a mínima de R$ 2,597 (-0,73%) às 9h26
 (Arquivo/Agência Brasil)

Dólar: após abrir em baixa de 0,46%, a R$ 2,604, o dólar à vista no balcão tocava a mínima de R$ 2,597 (-0,73%) às 9h26 (Arquivo/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 21 de janeiro de 2015 às 09h39.

São Paulo - Em continuidade ao movimento de queda da véspera, o dólar já está cotado abaixo da marca de R$ 2,60. Diante da agenda doméstica esvaziada de indicadores, investidores operam em compasso de espera pela decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) na noite desta quarta-feira, 21, que, segundo a maioria dos analistas, deve elevar novamente a Selic em 0,50 ponto porcentual, de 11,75% para 12,25%.

No exterior, o destaque é divulgação da ata da reunião do Banco da Inglaterra, considerada dovish, nesta véspera do encontro de política monetária do Banco Central Europeu (BCE).

Após abrir em baixa de 0,46%, a R$ 2,604, o dólar à vista no balcão tocava a mínima de R$ 2,597 (-0,73%) às 9h26. O movimento é conduzido pela percepção de que os juros internos mais elevados acabam atraindo os recursos externos, em razão do diferencial de taxa e, dessa forma, o dólar reage em baixa.

A queda está em linha, ainda, com o comportamento da moeda no exterior.

Lá fora, enquanto aguardam uma nova rodada de estímulos por parte do Banco Central Europeu (BCE), na quinta-feira, 22, os investidores digerem os sinais mais suaves ("dovish") do BC inglês (BoE) quanto a um aperto iminente do juro básico, vindos da ata da última encontro de política monetária.

Segundo o documento, dois dos dirigentes do BoE que vinham pressionando para elevar o juro inglês abandonaram essa bandeira, diante da decisão unânime de manter a taxa básica em 0,5% bem como o programa de compra de ativos em 375 bilhões de libras.

Em reação, a libra esterlina foi às mínimas do dia, ao passo que a Bolsa de Londres sustentou os ganhos que já eram exibidos desde cedo.

Ainda no horário acima, o índice FTSE subia 0,73%, às 9h24, enquanto a libra valia US$ 1,5124, de US$ 1,5144 no fim da tarde de ontem em Nova York.

Nas demais praças europeias, os investidores fazem uma pausa e recompõem o fôlego nesta véspera da decisão do BCE. Ainda no mesmo horário, a Bolsa de Frankfurt caía 0,29%.

O euro era cotado a US$ 1,157, de US$ 1,1552 no fim da tarde de terça-feira, 20, em Nova York.

A expectativa pelo anúncio de um programa de relaxamento quantitativo (QE) nos moldes do adotado até recentemente pelo Federal Reserve retrai as bolsas de Nova York, que também adotam o ritmo de compasso de espera.

No mercado futuro em Wall Street, o índice Dow Jones caía 0,23%, enquanto o S&P 500 oscilava com -0,09%, digerindo ainda o discurso sobre o Estado da União, proferido ontem à noite pelo presidente norte-americano, Barack Obama, que falou em favor da classe média, e à espera dos indicadores econômicos e os balanços trimestrais previstos para o dia.

E, há instantes, o Banco do Povo da China (PBoC) informou que está injetando mais 50 bilhões de yuans no sistema bancário, estendendo da linha de crédito de médio prazo para 269,5 bilhões de yuans. Na Bolsa brasileira, a sinalização é de uma abertura positiva.

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