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Dólar deve se acomodar ante real, mas sobe ano que vem

Moeda deve se se acomodar nos próximos três meses ante o real, com uma ligeira tendência de queda em meio ao programa de intervenções do Banco Central

Câmbio: pesquisa com 33 bancos e consultorias sugere que a moeda brasileira, uma das mais desvalorizadas nos últimos meses no mundo, deve encontrar um pouco de sossego (REUTERS/Gregg Newton)
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Da Redação

Publicado em 4 de setembro de 2013 às 11h30.

São Paulo - O dólar deve se se acomodar nos próximos três meses ante o real, com uma ligeira tendência de queda em meio ao programa de intervenções do Banco Central , mostrou uma pesquisa da Reuters.

A pesquisa com 33 bancos e consultorias sugere que a moeda brasileira, uma das mais desvalorizadas nos últimos meses no mundo, deve encontrar um pouco de sossego justo no momento em que o Federal Reserve pode iniciar a redução do estímulo econômico nos Estados Unidos.

O dólar deve ser cotado a 2,35 reais no final de novembro, um pouco mais baixo do que o fechamento de terça-feira em torno de 2,36 reais, de acordo com a mediana das projeções.

O dólar subiu mais de 20 por cento entre maio e meados de agosto, ameaçando a inflação e fazendo o Banco Central anunciar um programa de intervenções cambiais com derivativos e operações de recompra de até 60 bilhões de dólares até o fim do ano.

Após o anúncio, o dólar caiu cerca de 4 por cento no Brasil.

Com isso, o real teve um desempenho melhor que de outras moedas emergentes nas últimas semanas, como a rúpia indiana.

Apesar da perspectiva mais calma para os próximos meses, a pesquisa não sugere que o pior já passou. Analistas listaram vários riscos, como a piora do conflito na Síria e um possível rebaixamento da nota do Brasil no ano que vem como eventos que não estão considerados nas projeções e que podem provocar uma alta repentina da moeda norte-americana.

Mesmo sem nenhuma surpresa ruim, o dólar deve voltar a subir após novembro, atingindo 2,40 por dólar nos próximos 12 meses com a perspectiva de uma política monetária mais apertada nos Estados Unidos.


"Essa depreciação gradual do real deve seguir o movimento do dólar frente a outras moedas," disse Mauricio Nakahodo, consultor de pesquisas econômicas do Bank of Tokyo Mitsubishi.

"A partir do segundo semestre do próximo ano vai ter a expectativa da elevação do juro nos Estados Unidos, possivelmente em 2015." Mesmo que o Fed não comece a reduzir o estímulo econômico em setembro como esperado pela maioria dos economistas, as moedas latino-americanas não devem se beneficiar muito, de acordo com Luciano Rostagno, estrategista-chefe do Banco Mizuho.

"Se não começar o ajuste agora deve sinalizar chance grande de começar a acontecer em outubro. E também, quanto mais tarde ele começar, mais rápido deve ser o ajuste. Não tem tanta diferença se começa esse mês ou mês que vem." O peso mexicano deve ter um desempenho melhor que o real, valorizando-se gradualmente nos próximos meses até 12,60 por dólar, de acordo com a mediana de 13 projeções.

A moeda também caiu cerca de 10 por cento ante o dólar desde maio, mas deve se recuperar nos próximos meses com a perspectiva de maiores ingressos de recursos por causa de reformas estruturais e do crescimento mais acelerado dos Estados Unidos, que beneficia muitas indústrias mexicanas.

"O progresso na reforma do setor de energia pode levar a um aumento significativo dos fluxos de investimento estrangeiro direto", disseram analistas do Credit Suisse em nota.

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São Paulo - O dólar deve se se acomodar nos próximos três meses ante o real, com uma ligeira tendência de queda em meio ao programa de intervenções do Banco Central , mostrou uma pesquisa da Reuters.

A pesquisa com 33 bancos e consultorias sugere que a moeda brasileira, uma das mais desvalorizadas nos últimos meses no mundo, deve encontrar um pouco de sossego justo no momento em que o Federal Reserve pode iniciar a redução do estímulo econômico nos Estados Unidos.

O dólar deve ser cotado a 2,35 reais no final de novembro, um pouco mais baixo do que o fechamento de terça-feira em torno de 2,36 reais, de acordo com a mediana das projeções.

O dólar subiu mais de 20 por cento entre maio e meados de agosto, ameaçando a inflação e fazendo o Banco Central anunciar um programa de intervenções cambiais com derivativos e operações de recompra de até 60 bilhões de dólares até o fim do ano.

Após o anúncio, o dólar caiu cerca de 4 por cento no Brasil.

Com isso, o real teve um desempenho melhor que de outras moedas emergentes nas últimas semanas, como a rúpia indiana.

Apesar da perspectiva mais calma para os próximos meses, a pesquisa não sugere que o pior já passou. Analistas listaram vários riscos, como a piora do conflito na Síria e um possível rebaixamento da nota do Brasil no ano que vem como eventos que não estão considerados nas projeções e que podem provocar uma alta repentina da moeda norte-americana.

Mesmo sem nenhuma surpresa ruim, o dólar deve voltar a subir após novembro, atingindo 2,40 por dólar nos próximos 12 meses com a perspectiva de uma política monetária mais apertada nos Estados Unidos.


"Essa depreciação gradual do real deve seguir o movimento do dólar frente a outras moedas," disse Mauricio Nakahodo, consultor de pesquisas econômicas do Bank of Tokyo Mitsubishi.

"A partir do segundo semestre do próximo ano vai ter a expectativa da elevação do juro nos Estados Unidos, possivelmente em 2015." Mesmo que o Fed não comece a reduzir o estímulo econômico em setembro como esperado pela maioria dos economistas, as moedas latino-americanas não devem se beneficiar muito, de acordo com Luciano Rostagno, estrategista-chefe do Banco Mizuho.

"Se não começar o ajuste agora deve sinalizar chance grande de começar a acontecer em outubro. E também, quanto mais tarde ele começar, mais rápido deve ser o ajuste. Não tem tanta diferença se começa esse mês ou mês que vem." O peso mexicano deve ter um desempenho melhor que o real, valorizando-se gradualmente nos próximos meses até 12,60 por dólar, de acordo com a mediana de 13 projeções.

A moeda também caiu cerca de 10 por cento ante o dólar desde maio, mas deve se recuperar nos próximos meses com a perspectiva de maiores ingressos de recursos por causa de reformas estruturais e do crescimento mais acelerado dos Estados Unidos, que beneficia muitas indústrias mexicanas.

"O progresso na reforma do setor de energia pode levar a um aumento significativo dos fluxos de investimento estrangeiro direto", disseram analistas do Credit Suisse em nota.

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