Dólar corrige, sobe e retoma faixa de R$ 2,20
O dólar à vista encerrou em alta de 0,46%, cotado a R$ 2,202 nesta quinta-feira, um dia depois de cair quase 3%
Da Redação
Publicado em 19 de setembro de 2013 às 17h36.
São Paulo - O dólar à vista encerrou em alta de 0,46%, cotado a R$ 2,202 nesta quinta-feira, 19, um dia depois de cair quase 3%.
Passado o impacto com a decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), que deixou inalterado seu programa de estímulos à economia, a moeda dos EUA teve um pregão de correções ante o real e outras divisas de países dependentes de commodities.
Com baixa de 7,6% neste mês, operadores disseram que o dólar busca agora patamares condizentes com os fundamentos da economia brasileira e do cenário internacional. Como o Fed manterá, pelo menos por enquanto, a injeção mensal de US$ 85 bilhões na economia, alguns profissionais enxergam uma tendência de certa acomodação.
No início do dia, a divisa dos EUA chegou a recuar, marcando R$ 2,1870 (-0,23%) na mínima da sessão. Na máxima, às 12h36, atingiu R$ 2,2160 (+1,09%). No mercado futuro, neste final de tarde, a moeda para outubro subia 0,62%, para R$ 2,2060.
"Hoje todas as moedas passam por correções em função do que ocorreu ontem. O dólar sobe aqui no Brasil por isso, com o mercado procurando se estabilizar", comentou um profissional da mesa de câmbio de um banco.
"Por enquanto, a ideia é que o dólar vai se estabilizar entre R$ 2,20 e R$ 2,25. Mas ainda existem muitos fatores a serem considerados, como a crise na Síria", ponderou Mário Battistel, gerente de câmbio da Fair Corretora, citando a possibilidade de intervenção militar no país do Oriente Médio, o que pode trazer estresse para os negócios. "Mas considerando os EUA, o cenário por enquanto tende a ficar mais tranquilo", completou.
Nas mesas de operação, chamaram a atenção as declarações na noite passada do ministro da Fazenda, Guido Mantega. Ao comentar a decisão do Fed, Mantega afirmou que "provavelmente o Banco Central poderá diminuir a sua intervenção e, aí, caberá a ele decidir isso".
Desde 23 de agosto, o BC faz leilões de swap (equivalente à venda de moeda no mercado futuro), de segunda a quinta-feira, e de linha (venda de dólares com compromisso de recompra), às sextas-feiras. As operações pretendem reduzir a volatilidade no mercado de câmbio e, em paralelo, conter o avanço da moeda dos EUA.
Na visão de alguns profissionais, ao citar a possibilidade de o BC reduzir a intervenção, que vai até o fim do ano, Mantega sinaliza que o dólar perto de R$ 2,20 está em um patamar de interesse do governo. "O intuito é não prejudicar as exportações. Então, o pessoal compra moeda enquanto o preço está razoável", disse Battistel.
Para Sidney Nehme, economista da NGO Corretora, ainda é cedo para o BC reduzir suas intervenções. Nesta sessão, mais 10 mil contratos de swap (US$ 497,2 milhões) foram vendidos pela autoridade monetária.
São Paulo - O dólar à vista encerrou em alta de 0,46%, cotado a R$ 2,202 nesta quinta-feira, 19, um dia depois de cair quase 3%.
Passado o impacto com a decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), que deixou inalterado seu programa de estímulos à economia, a moeda dos EUA teve um pregão de correções ante o real e outras divisas de países dependentes de commodities.
Com baixa de 7,6% neste mês, operadores disseram que o dólar busca agora patamares condizentes com os fundamentos da economia brasileira e do cenário internacional. Como o Fed manterá, pelo menos por enquanto, a injeção mensal de US$ 85 bilhões na economia, alguns profissionais enxergam uma tendência de certa acomodação.
No início do dia, a divisa dos EUA chegou a recuar, marcando R$ 2,1870 (-0,23%) na mínima da sessão. Na máxima, às 12h36, atingiu R$ 2,2160 (+1,09%). No mercado futuro, neste final de tarde, a moeda para outubro subia 0,62%, para R$ 2,2060.
"Hoje todas as moedas passam por correções em função do que ocorreu ontem. O dólar sobe aqui no Brasil por isso, com o mercado procurando se estabilizar", comentou um profissional da mesa de câmbio de um banco.
"Por enquanto, a ideia é que o dólar vai se estabilizar entre R$ 2,20 e R$ 2,25. Mas ainda existem muitos fatores a serem considerados, como a crise na Síria", ponderou Mário Battistel, gerente de câmbio da Fair Corretora, citando a possibilidade de intervenção militar no país do Oriente Médio, o que pode trazer estresse para os negócios. "Mas considerando os EUA, o cenário por enquanto tende a ficar mais tranquilo", completou.
Nas mesas de operação, chamaram a atenção as declarações na noite passada do ministro da Fazenda, Guido Mantega. Ao comentar a decisão do Fed, Mantega afirmou que "provavelmente o Banco Central poderá diminuir a sua intervenção e, aí, caberá a ele decidir isso".
Desde 23 de agosto, o BC faz leilões de swap (equivalente à venda de moeda no mercado futuro), de segunda a quinta-feira, e de linha (venda de dólares com compromisso de recompra), às sextas-feiras. As operações pretendem reduzir a volatilidade no mercado de câmbio e, em paralelo, conter o avanço da moeda dos EUA.
Na visão de alguns profissionais, ao citar a possibilidade de o BC reduzir a intervenção, que vai até o fim do ano, Mantega sinaliza que o dólar perto de R$ 2,20 está em um patamar de interesse do governo. "O intuito é não prejudicar as exportações. Então, o pessoal compra moeda enquanto o preço está razoável", disse Battistel.
Para Sidney Nehme, economista da NGO Corretora, ainda é cedo para o BC reduzir suas intervenções. Nesta sessão, mais 10 mil contratos de swap (US$ 497,2 milhões) foram vendidos pela autoridade monetária.