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Da Redação
Publicado em 19 de setembro de 2011 às 10h50.
São Paulo - O dólar comercial abriu o dia em alta de 1,10%, cotado a R$ 1,749 no mercado interbancário de câmbio. Na sexta-feira, a moeda americana havia fechado em R$ 1,73. Na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), a moeda norte-americana à vista abriu o dia em alta de 1,68%, a R$ 1,7545. Às 10h15 (horário de Brasília), o dólar seguia no campo positivo, cotado a R$ 1,75 (alta de 1,16%) no mercado interbancário e a R$ 1,765 (avanço de 2,29%) na BM&F.
A falta de uma medida prática nas conclusões do encontro de ministros de Finanças da Europa, ocorrido durante o fim de semana, alimenta uma nova rodada de desconfiança entre os investidores que castiga o euro e as demais moedas fracas. No caso do real, o movimento é exacerbado e alguns operadores ponderam que a moeda é mais intensamente atingida pela piora de cenário porque, anteriormente, foi também mais beneficiada.
Como a maior preocupação continua sendo com um possível default (não pagamento da dívida) da Grécia, hoje as atenções devem estar voltadas para a teleconferência que o ministro de Finanças do país, Evangelos Venizelos, fará com representantes do Fundo Monetário Internacional (FMI), da Comissão Europeia e do Banco Central Europeu (BCE), em continuidade ao processo de avaliação do país. O evento ocorre a partir das 13 horas (horário de Brasília) e o importante é a Grécia convencer a troica e os investidores de que conduzirá as reformas acertadas a tempo de conseguir mais uma parcela do empréstimo e evitar sua falência.
"Vamos continuar vendo uma volatilidade muito forte, com a falta de decisões de longo prazo para a crise da Europa", avalia um experiente operador. "O caminho do dólar é a alta enquanto a situação não se acalmar", completa outro. Enquanto monitora as negociações no velho continente, o mercado começa a construir suas apostas para o resultado da reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), que acontece amanhã e quarta-feira.
No Brasil, vale registrar que a alta acumulada do dólar, de 8,53% no mês até a última sexta-feira, provocou uma rodada de ajustes nas projeções feitas pelo mercado para a taxa de câmbio. Segundo a pesquisa Focus, divulgada na manhã de hoje, a mediana das estimativas para o fim do ano passaram de R$ 1,60 para R$ 1,65, depois de ficarem estacionadas por 13 semanas consecutivas.
Já para o fim de 2012, a mediana estimada manteve-se em R$ 1,65, pela oitava semana, atestando que o mercado ainda prevê uma retomada da tendência de valorização do real, assim que o mercado externo se mostrar mais tranquilo. O câmbio médio desde ano foi elevado de R$ 1,61 para R$ 1,62 e o de 2012, de R$ 1,63 para R$ 1,65.