Mercados

Dólar comercial abre em queda de 0,71%, a R$ 1,687

Por Cristina Canas São Paulo - O dólar comercial abriu o dia em baixa de 0,71%, negociado a R$ 1,687 no mercado interbancário de câmbio. No pregão de ontem, a moeda norte-americana caiu 0,47% e foi cotada a R$ 1,699 no fechamento. Na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), o dólar com liquidação à vista […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 4 de novembro de 2010 às 09h17.

Por Cristina Canas

São Paulo - O dólar comercial abriu o dia em baixa de 0,71%, negociado a R$ 1,687 no mercado interbancário de câmbio. No pregão de ontem, a moeda norte-americana caiu 0,47% e foi cotada a R$ 1,699 no fechamento. Na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), o dólar com liquidação à vista abriu as negociações em queda de 0,84%, a R$ 1,686.

Ontem, o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) corroborou as expectativas dos analistas e anunciou uma injeção de liquidez na economia americana de US$ 600 bilhões nos próximos meses. No Brasil, o mercado de câmbio praticamente não teve tempo para reagir à medida, deixando para hoje o maior impacto.

Nas mesas de operações, os profissionais voltam a discutir as possibilidades que o governo brasileiro tem para ir driblando a valorização do real, imposta pela tendência externa do dólar e pela diferença entre as expectativas econômicas para o mundo desenvolvido e o Brasil. Com o País sustentando o crescimento e o juro muito superiores aos de outros países, ninguém vislumbra outra possibilidade que não seja a entrada constante de recursos internacionais.

No momento, a alternativa mais comentada voltou a ser a realização de leilões de swap cambial reverso. A alternativa já foi usada no passado e, em julho último, o Banco Central (BC) chegou a consultar as instituições financeiras sobre eventual demanda por esses contratos. Mas as decisões do governo foram mostrando que essa não é a preferências das autoridades, que escolheram elevar o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre aplicações de estrangeiros em renda fixa e nas margens depositadas para negociação de derivativos. Por isso, também se fala em eventual extensão do tributo à renda variável ou na retomada do Imposto de Renda para aplicações de estrangeiros.

O swap cambial reverso é um contrato feito entre o BC e instituições financeiras no mercado futuro. O swap vem do inglês "troca". Nesse caso, é feita uma troca de rentabilidades: dólar por juro. No período de vigência do contrato, o BC ganha a variação do dólar, a ser paga pelos bancos. As instituições financeiras, por sua vez, ficam com a remuneração da taxa Selic, que será bancada pelo governo.

Em meio às questões internas, o mercado seguirá acompanhando o exterior. A decisão do Fed não encerrou o assunto sobre a retomada econômica nos EUA. Os indicadores continuarão sendo monitorados de perto. Na Europa, onde o problema das dívidas soberanas continua interferindo nos negócios, hoje é dia de encontros de política monetária na Inglaterra e na zona do euro. Na Ásia, começa hoje e termina amanhã o encontro de política monetária do Banco do Japão (BOJ, o banco central japonês).

Acompanhe tudo sobre:[]

Mais de Mercados

Banco Central volta a intervir no câmbio, após dólar bater R$ 5,69

Warren Buffett completa 94 anos: 10 frases do CEO da Berkshire Hathaway para investir melhor

Aposta de alta da Selic atinge máxima após dados fortes do mercado de trabalho

Ibovespa fecha estável com dados da Pnad e inflação americana no radar

Mais na Exame