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Dólar comercial abre em baixa de 0,23%, a R$ 1,722

Por Cristina Canas São Paulo - O dólar comercial abriu o dia em baixa de 0,23%, negociado a R$ 1,722 no mercado interbancário de câmbio. No pregão de ontem, a moeda norte-americana fechou em alta de 1,11%, cotada a R$ 1,726. Na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), o dólar com liquidação à vista abriu […]

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Da Redação

Publicado em 16 de setembro de 2010 às 07h08.

Por Cristina Canas

São Paulo - O dólar comercial abriu o dia em baixa de 0,23%, negociado a R$ 1,722 no mercado interbancário de câmbio. No pregão de ontem, a moeda norte-americana fechou em alta de 1,11%, cotada a R$ 1,726. Na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), o dólar com liquidação à vista abriu as negociações em queda de 0,16%, a R$ 1,7231.

O mercado de câmbio inicia as transações de hoje testando a duração do poder das palavras do ministro da Fazenda, Guido Mantega, que contribuíram ontem para uma forte alta do dólar. No entanto, se ontem a promessa de Mantega - de comprar o excesso de dólares que entrarem no País por conta da capitalização da Petrobras - estava em sintonia com a trajetória de alta da moeda americana no exterior, hoje ela não encontra o mesmo respaldo. Lá fora, o dólar registrava nesta manhã pequenas quedas em relação à maioria das moedas.

Ontem, Mantega disse que o governo está examinando cada movimento de entrada de capital externo no País e seus efeitos sobre o real. Disse ainda que está pronto para evitar uma valorização maior da moeda com a realização do processo de capitalização da Petrobras e que vai enxugar qualquer excesso de dólares. "Vamos comprar tudo, já estou avisando", declarou o ministro. Ele acrescentou que o governo tem cacife suficiente para enfrentar qualquer entrada de recursos. "Podemos bancar qualquer limite", garantiu.

"O mercado mostrou que tem muito medo que o boato vire fato", disse hoje um operador. Segundo ele, ontem a atitude do ministro criou a ideia de que R$ 1,70 é o piso também para o governo, que está disposto a agir para evitar que a moeda caia abaixo desse nível. Mas a ideia não é consensual. Alguns especialistas avaliam que o governo vai tentar ao máximo segurar o mercado apenas com palavras - como, aliás, já vinha fazendo antes de Mantega falar.

O certo é que as ameaças de intervenções do governo adicionaram risco ao mercado de câmbio, enquanto as entradas de recursos continuam. Se os investidores não devem demonstrar apetite para comprar dólares já que o fluxo deve seguir positivo, também não é provável que arrisquem novos movimentos de venda, com os fantasmas do governo e do BC pairando sobre os negócios.

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