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Dólar comercial abre em alta de 0,80%, a R$ 1,63

Moeda abriu com ganho de 0,80%, a R$ 1,63, depois de ter fechado em alta de 0,50%

Na Bolsa de Mercadorias & Futuros, o dólar à vista valia R$ 1,631, com valorização de 1,02% (Alex Wong/Getty Images)

Na Bolsa de Mercadorias & Futuros, o dólar à vista valia R$ 1,631, com valorização de 1,02% (Alex Wong/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 11 de agosto de 2011 às 10h32.

São Paulo - O câmbio brasileiro começou hoje em alta, mas a expectativa de analistas é que o dia seja de mais volatilidade no mercado de moedas, acompanhando o que tem acontecido com bolsas e commodities.

O dólar comercial abriu com ganho de 0,80%, a R$ 1,63, depois de ter fechado em alta de 0,50%, a R$ 1,617, no mercado interbancário. Às 10h07, a moeda subia 0,93%, a R$ 1,632. Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o dólar à vista valia R$ 1,631, com valorização de 1,02%. Ontem, a divisa encerrou em baixa de 0,64% a R$ 1,6146.

Hoje o euro chegou a subir em relação ao dólar e o mercado acionário europeu deu sinais de recuperação. No entanto, esse quadro já se inverteu completamente, o que deixa os investidores sem referências sobre o preço dos ativos.

O motivo para a virada teria sido o rumor, citado pela Reuters, de que um banco da Ásia cortou as linhas de crédito para grande parte dos bancos franceses e que outras cinco instituições asiáticas estariam revendo negócios e riscos de contraparte devido a preocupações sobre a exposição dos bancos da França à dívida de países periféricos da zona do euro.

"Se antes dizia-se que o mercado operava 'Day by Day', agora ele está trabalhando minuto a minuto", resumiu um experiente profissional de um banco local. "É impossível fazer qualquer tipo de aposta. O mercado está muito sensível", completou.

Lá fora, as preocupações seguem as mesmas: recuperação global ameaçada e crise de dívida na zona do euro. De nada adiantou, por exemplo, que as três grandes agências de classificação de risco (Fitch, Moody's e Standard & Poor's) reafirmassem a nota de crédito tripla A, com perspectiva estável, para a França, que tem sido apontada como o próximo país a ter sua nota rebaixada.

Enquanto isso, as autoridades seguem tentando conter o pânico. O Banco Central Europeu comprou bônus italianos e espanhóis pelo quarto dia consecutivo nesta quinta-feira, disse

um operador do mercado. Com isso, o yield (taxa de retorno ao investidor) desses países segue em queda.

Ontem, a Chicago Mercantile Exchange (LME) elevou as exigências de margem - aumentando o custo de operação - em 19 mercados de câmbio, incluindo com o iene e com o franco suíço, moedas altamente demandadas recentemente por serem consideradas seguras em meio a turbulência dos mercados financeiros. A volatilidade recente fez a CME elevar também a exigência de margem para os futuros de Treasuries (títulos) dos EUA de longo prazo pela segunda vez em duas semanas e meia.

O franco, por sinal, segue impactado pelas recentes medidas do banco central da Suíça (SNB). Ontem, a instituição anunciou que aumentará rapidamente o volume dos depósitos mais prontamente disponíveis para os bancos, dos atuais 80 bilhões de francos suíços (US$ 111 bilhões) para 120 bilhões de francos suíços, e que realizará operações de swap cambial.

Enquanto isso, o iene continua sendo demandado como segurança e operadores acreditam em uma intervenção por parte do banco central japonês (BoJ) no curtíssimo prazo.

Na China, o yuan atingiu nova máxima histórica frente o dólar, depois de o banco central fixar a taxa de paridade do dólar contra o yuan em nível recorde de baixa. Segundo analistas, isso indica que Pequim poderá acelerar a valorização do câmbio para conter a inflação.

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