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Dólar comercial abre em alta de 0,44%, a R$ 1,593

Na sexta-feira, o dólar fechou com ganho de 0,25%, a R$ 1,586

Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o dólar à vista avançava 0,83%, a R$ 1,593 (Alex Wong/Getty Images)

Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o dólar à vista avançava 0,83%, a R$ 1,593 (Alex Wong/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 8 de agosto de 2011 às 10h28.

São Paulo - O dólar comercial abriu hoje em alta de 0,44%, a R$ 1,593. Às 10h08, a moeda subia 0,57%, a R$ 1,595, no mercado interbancário de câmbio. Na sexta-feira, o dólar fechou com ganho de 0,25%, a R$ 1,586. Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o dólar à vista avançava 0,83%, a R$ 1,593. O euro comercial tinha valorização de 0,09%, a R$ 2,263.

Ainda que o rebaixamento da nota de risco dos Estados Unidos (EUA) já estivesse parcialmente precificado nos ativos, a decisão de sexta-feira da Standard & Poor's (S&P) de tirar o "triple A" dos norte-americanos promove a busca por segurança e liquidez hoje.

Segundo operadores, com as quedas das commodities e das bolsas ao redor do mundo, a Bovespa deve sentir a saída de recursos e isso tende a favorecer o avanço da moeda norte-americana. Por outro lado, à medida que o dólar sobe em relação ao real, os exportadores devem entrar no mercado vendendo dólares, o que deixa o fluxo mais equilibrado.

"As ações rápidas do G20 e do Banco Central Europeu devem minimizar os efeitos iniciais do rebaixamento. Mas é evidente que os investidores buscarão liquidez e segurança até terem ideia sobre o real impacto de os EUA não serem mais AAA. Por isso, o dólar e o franco suíço, além do ouro, já ganham força", analisou um profissional de câmbio de um banco local, lembrando que as moedas de países produtores de commodities também sofrem com a desvalorização das matérias-primas.

Na sexta-feira, depois do fechamento dos mercados, a agência de classificação de risco S&P rebaixou a nota dos Estados Unidos de 'AAA' para 'AA+'. Por isso, o fim de semana foi de intensas negociações entre os principais líderes globais para promoverem ações orquestradas a fim de garantir liquidez e evitar o pânico nos mercados financeiros hoje. "Parte dessa decisão já estava precificada, mas as ações são importantes para evitar temores desnecessários", afirmou um operador.

Os membros do G20 disseram que continuarão em contato próximo e agirão conforme a necessidade para "assegurar a estabilidade financeira e a liquidez nos mercados financeiros", diz um comunicado conjunto dos ministros de Finanças e presidentes dos bancos centrais do G20, divulgado pelo Ministério de Estratégia e Finanças da Coreia do Sul. O vice-ministro de Finanças da Coreia do Sul, Choi Jong-ku, relatou que os EUA disseram aos outros membros do grupo que a motivação inicial da agência Standard & Poor's para o rebaixamento da nota de risco do país foi baseada em um erro de cálculo da agência. Os EUA transmitiram aos demais integrantes do G20 as garantias recebidas das agências Moody´s e Fitch de que não têm planos de rebaixar o rating do governo norte-americano.

A agência de classificação de risco Fitch afirmou hoje, no entanto, que espera encerrar a revisão sobre a nota dos EUA até o fim de agosto. Segundo a agência, "essa revisão vai focar nos fundamentos do crédito soberano dos EUA em relação à nota AAA, com vista às perspectivas econômicas e orçamentais à luz do acordo sobre o endividamento norte-americano". A Fitch acrescentou que o acordo foi "um primeiro passo importante, mas não o fim do processo".

Enquanto isso, o Banco Central Europeu (BCE) comprou bônus dos governos da Itália e da Espanha pela primeira vez nesta segunda-feira, na tentativa de conter a crise de dívida soberana da zona do euro. Na semana passada, a autoridade monetária europeia já vinha comprando títulos de Portugal e Irlanda.

Com o rebaixamento, já há quem aposte que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) poderá sinalizar mais ajuda à economia americana nesta terça-feira, após a reunião do Comitê de Política Monetária (Fomc, na sigla em inglês) para decidir sobre as taxas de juros.

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