Exame Logo

Dólar chega a cair 2%, a R$2,65, com Ptax e baixo volume

Dólar chegou a recuar 2 por cento e bater 2,65 reais nesta terça-feira, com a escalada recente dando espaço para ajustes em um mercado esvaziado

Dólar: às 10h34, a moeda norte-americana caía 1,64 por cento, a 2,6628 reais na venda, após chegar a 2,6517 reais na mínima do dia (Marcos Santos/USP Imagens)
DR

Da Redação

Publicado em 30 de dezembro de 2014 às 09h50.

São Paulo - O dólar chegou a recuar 2 por cento e bater 2,65 reais nesta terça-feira, com a escalada recente dando espaço para ajustes em um mercado esvaziado, enquanto investidores aguardavam a divulgação dos detalhes de como será o programa de intervenções diárias do Banco Central no câmbio em 2015.

Agentes financeiros também disputavam para influenciar a Ptax de dezembro, taxa calculada diariamente pelo BC que serve de referência para diversos contratos cambiais. No fim de mês, operadores costumam brigar para deslocar a taxa a cotações mais favoráveis a suas posições, elevando a volatilidade.

Às 10h34, a moeda norte-americana caía 1,64 por cento, a 2,6628 reais na venda, após chegar a 2,6517 reais na mínima do dia, com queda de 2,05 por cento. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro estava em torno de 50 milhões de dólares.

"Você soma baixa liquidez, briga pela Ptax de fim de mês e falta de notícias relevantes para o câmbio e o resultado é um mercado muito sensível", disse o superintendente de câmbio da corretora Tov, Reginaldo Siaca.

O dólar caminha para fechar o ano com alta de quase 15 por cento ante o real, pressionado pelas crescentes expectativas de elevação dos juros nos Estados Unidos, por incertezas sobre a política econômica doméstica e pelo quadro de aversão ao risco no exterior. Apenas em dezembro até a véspera, a divisa avançou mais de 5 por cento.

O avanço da divisa norte-americana tem alimentado a ansiedade em relação à continuidade do programa de rações diárias do BC. O presidente da autoridade monetária, Alexandre Tombini, tem afirmado que o atual estoque de swaps cambiais, que equivale a pouco mais de 100 bilhões de dólares, já atende de forma significativa à demanda por proteção cambial.

Mas ele também disse que os leilões diários continuarão, com ofertas de entre 50 milhões e 200 milhões de dólares equivalentes, sem precisar o montante exato. Segundo o operador de um importante banco nacional, a pressão sobre o câmbio nos últimos dias levava alguns operadores a se anteciparem à possível manutenção do montante atual, de 200 milhões de dólares.

"A expectativa é que o anúncio venha depois do fechamento, então hoje é o último dia para o mercado reagir a isso", afirmou ele.

Nesta manhã, o BC vendeu a oferta total de até 4 mil swaps pelas atuações diárias, com volume correspondente a 195,1 milhões de dólares. Foram vendidos 550 contratos para 1º de setembro e 3,45 mil contratos para 1º de dezembro de 2015.

Veja também

São Paulo - O dólar chegou a recuar 2 por cento e bater 2,65 reais nesta terça-feira, com a escalada recente dando espaço para ajustes em um mercado esvaziado, enquanto investidores aguardavam a divulgação dos detalhes de como será o programa de intervenções diárias do Banco Central no câmbio em 2015.

Agentes financeiros também disputavam para influenciar a Ptax de dezembro, taxa calculada diariamente pelo BC que serve de referência para diversos contratos cambiais. No fim de mês, operadores costumam brigar para deslocar a taxa a cotações mais favoráveis a suas posições, elevando a volatilidade.

Às 10h34, a moeda norte-americana caía 1,64 por cento, a 2,6628 reais na venda, após chegar a 2,6517 reais na mínima do dia, com queda de 2,05 por cento. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro estava em torno de 50 milhões de dólares.

"Você soma baixa liquidez, briga pela Ptax de fim de mês e falta de notícias relevantes para o câmbio e o resultado é um mercado muito sensível", disse o superintendente de câmbio da corretora Tov, Reginaldo Siaca.

O dólar caminha para fechar o ano com alta de quase 15 por cento ante o real, pressionado pelas crescentes expectativas de elevação dos juros nos Estados Unidos, por incertezas sobre a política econômica doméstica e pelo quadro de aversão ao risco no exterior. Apenas em dezembro até a véspera, a divisa avançou mais de 5 por cento.

O avanço da divisa norte-americana tem alimentado a ansiedade em relação à continuidade do programa de rações diárias do BC. O presidente da autoridade monetária, Alexandre Tombini, tem afirmado que o atual estoque de swaps cambiais, que equivale a pouco mais de 100 bilhões de dólares, já atende de forma significativa à demanda por proteção cambial.

Mas ele também disse que os leilões diários continuarão, com ofertas de entre 50 milhões e 200 milhões de dólares equivalentes, sem precisar o montante exato. Segundo o operador de um importante banco nacional, a pressão sobre o câmbio nos últimos dias levava alguns operadores a se anteciparem à possível manutenção do montante atual, de 200 milhões de dólares.

"A expectativa é que o anúncio venha depois do fechamento, então hoje é o último dia para o mercado reagir a isso", afirmou ele.

Nesta manhã, o BC vendeu a oferta total de até 4 mil swaps pelas atuações diárias, com volume correspondente a 195,1 milhões de dólares. Foram vendidos 550 contratos para 1º de setembro e 3,45 mil contratos para 1º de dezembro de 2015.

Acompanhe tudo sobre:CâmbioDólarMoedas

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mercados

Mais na Exame