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Dólar cai quase 6% na semana com mercado menos apreensivo

A cotação acumulou nas últimas quatro sessões baixa de 6,40 por cento e, na semana, a desvalorização foi de 5,87 por cento

A Moody's também disse que a aprovação no Congresso do aumento do limite do endividamento no dia 2 de agosto é um "passo dado numa boa direção, o da redução do déficit"
 ( Karen Bleier/AFP)

A Moody's também disse que a aprovação no Congresso do aumento do limite do endividamento no dia 2 de agosto é um "passo dado numa boa direção, o da redução do déficit" ( Karen Bleier/AFP)

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Da Redação

Publicado em 7 de outubro de 2011 às 18h52.

São Paulo - O dólar fechou em queda pelo quarto dia seguido nesta sexta-feira, prosseguindo com o recente ajuste em meio à menor apreensão de investidores com uma nova disparada da moeda.

A taxa de câmbio caiu 0,81 por cento, para 1,7710 real na venda. A cotação acumulou nas últimas quatro sessões baixa de 6,40 por cento e, na semana, a desvalorização foi de 5,87 por cento. Em setembro, o dólar havia disparado 18 por cento, maior alta mensal em nove anos.

De modo geral, operadores relataram que o nervosismo que provocou o salto da moeda no mês passado tem diminuído, em meio às discussões para uma solução na crise de dívida na zona do euro e à atuação do Banco Central (BC) no mercado.

"O mercado entendeu que o BC vai agir para conter mais volatilidade, e aí se sente mais tranquilo", disse o operador de câmbio da corretora Renascença José Carlos Amado.

No final de setembro, quando o dólar chegou a ser negociado acima de 1,95 real na venda, a autoridade monetária retomou os leilões de swap cambial tradicional, com o intuito de evitar o aumento da volatilidade. O BC já fez três operações desse tipo, que equivalem a uma venda de dólares no mercado futuro.

O presidente do BC, Alexandre Tombini, vem reiterando que a instituição atuará sempre que identificar uma disfuncionalidade no mercado de câmbio.

Investidores se vêem ainda às voltas com especulações sobre uma eventual redução do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre derivativos cambiais.


Mas em nota divulgada nesta sexta-feira, o Ministério da Fazenda informou que não cogita retirar ou fazer qualquer redução nas alíquotas de IOF sobre operações com derivativos no mercado financeiro ou sobre outro ativo gravado pelo tributo.

Uma fonte da equipe econômica havia afirmado recentemente à Reuters que o governo avaliava retirar o IOF apenas se o mercado voltasse a mostrar estresse intenso e contínuo.

A despeito dos fatores internos, o mercado segue atento ao noticiário internacional, afirmou Amado, da Renascença. Mais cedo, o dólar chegou a cair 1,82 por cento, após dados positivos sobre o mercado de trabalho norte-americano aliviarem temores de uma recessão nos Estados Unidos.

No início da tarde, contudo, a moeda praticamente zerou as perdas, depois que a agência de classificação de risco Fitch rebaixou os ratings soberanos de Itália e Espanha, num golpe aos esforços de líderes da zona do euro para combater a crise de dívida que assola a região.

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