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Dólar cai quase 1% atento à Selic

O dólar registrou a segunda queda seguida frente ao real nesta segunda-feira, ainda influenciado por perspectivas de fluxo positivo no curto prazo e investidores à espera da decisão sobre o juro básico brasileiro nesta semana. A moeda norte-americana caiu 0,91 por cento, a 1,746 real na venda, depois de recuar 1,08 por cento na mínima […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 26 de abril de 2010 às 17h03.

O dólar registrou a segunda queda seguida frente ao real nesta segunda-feira, ainda influenciado por perspectivas de fluxo positivo no curto prazo e investidores à espera da decisão sobre o juro básico brasileiro nesta semana.

A moeda norte-americana caiu 0,91 por cento, a 1,746 real na venda, depois de recuar 1,08 por cento na mínima do dia. Em abril, o dólar acumula baixa de 1,97 por cento, reduzindo a alta no ano para 0,17 por cento.

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No exterior, o dólar tinha variação positiva de 0,05 por cento no final da tarde ante uma cesta de moedas, com o mercado no aguardo da reunião de política monetária também nos Estados Unidos.

"O que se vê é um mercado bastante vendido, pelo menos por enquanto, e essa força está puxando o dólar para baixo", disse Marcos Trabbold, operador de câmbio da B&TCorretora de Câmbio.

Os prognósticos de mais ingressos de recursos no país fizeram o dólar cair em 12 das 16 sessões neste mês até agora. Entre as operações que devem trazer dólares no curto prazo está a oferta de ações do Banco do Brasil.

As estimativas de mais entradas se refletem na posição assumida por investidores estrangeiros. Na sexta-feira passada, segundo dados da BM&FBovespa, os não-residentes sustentavam 4,015 bilhões de dólares em posições vendidas, o que revela apostas na queda da moeda norte-americana.


Para o profissional de câmbio de uma corretora paulista, as perspectivas de elevação do juro básico pelo Comitê de Política Monetária (Copom) também alimentaram a queda do dólar nesta sessão.

De 25 instituições financeiras consultadas em pesquisa da Reuters, 16 estimavam aumento da Selic em 0,50 ponto percentual na reunião dos dias 27 e 28 de abril. As demais nove projetam alta de 0,75 ponto percentual.

"Esse é um elemento que já vem sendo considerado pelo mercado, mas acredito que por conta da aproximação (da decisão) o movimento (de baixa) se acentuou", afirmou, sob condição de anonimato.

A elevação da Selic poderia estimular os fluxos de entrada para o mercado doméstico devido à demanda de investidores por ativos que oferecem mais rentabilidade. Tal operação, conhecida como carry trade, consiste na captação de recursos em países onde o juro é baixo e aplicação em mercados onde os rendimentos são mais robustos.

No relatório Focus divulgado mais cedo, o mercado financeiro elevou para 11,75 por cento as previsões para a taxa básica de juro no final de 2010. Para o dólar, os agentes mantiveram o cenário neste ano e no próximo, em, respectivamente, 1,80 real e 1,85 real .

Sobre o volume negociado nesta sessão, segundo números da clearing (câmara de compensação) da BM&FBovespa, o giro até às 16h40 somava 3,2 bilhões de dólares, em operações com liquidação em um e dois dias (D+1 e D+2).


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