Mercados

Dólar cai com exterior e otimismo por cenário político

Às 12:08, o dólar recuava 0,93 por cento, a 3,6882 reais na venda, depois de terminar outubro com a maior queda porcentual desde junho de 2016

O dólar iniciou novembro em queda ante o real (Andrew Harrer/Bloomberg)

O dólar iniciou novembro em queda ante o real (Andrew Harrer/Bloomberg)

R

Reuters

Publicado em 1 de novembro de 2018 às 09h15.

Última atualização em 1 de novembro de 2018 às 12h10.

São Paulo - O dólar recuava nesta quinta-feira e operava abaixo de 3,70 reais, em dia de maior busca pelo risco no mercado internacional e com os investidores ainda animados com os primeiros passos do novo governo eleito.

Às 12:08, o dólar recuava 0,93 por cento, a 3,6882 reais na venda, depois de terminar outubro com a maior queda porcentual desde junho de 2016, de 7,79 por cento.

Na mínima, a moeda foi a 3,6882 reais e, na máxima, a 3,7149 reais. O dólar futuro tinha baixa de 0,9 por cento.

"Equipe econômica e projetos do governo Bolsonaro continuam sendo o foco do mercado nesse período de transição", destacou a Elite Corretora em relatório.

Nesta quinta-feira, o destaque é a decisão do juiz federal Sérgio Moro de aceitar o convite do presidente eleito Jair Bolsonaro para ser o novo ministro da Justiça.

"Bolsonaro ganha pontos muito positivos com a população, que tem em Moro um exemplo probo e tê-lo no governo seria uma garantia de que a ordem seria mantida e a corrupção combatida", já antecipava logo cedo a gestora Infinity sobre o assunto. Isso pode ser um ponto "a elevar ainda mais a confiança pós-vitória, com consequência nos indicadores econômicos de fim de ano".

Em nota, Moro disse que pretende implementar uma "forte agenda anticorrupção e anticrime organizado". Além disso, informou que vai se afastar de novas audiências no âmbito da Lava Jato "para evitar controvérsias desnecessárias", mas declarou que a operação seguirá em Curitiba sob comando de outros juízes.

No Twitter, o presidente eleito Jair Bolsonaro disse que a agenda anticorrupção e anticrime organizado de Sérgio Moro será o norte de seu governo.

O otimismo com o cenário político doméstico encontrava nesta quinta-feira respaldo num movimento de maior busca pelo risco no exterior, levando o dólar cair ante a cesta de moedas e também ante as divisas de países emergentes, como os pesos chileno e mexicano.

Expectativas de que a China aumente seu estímulo fiscal ajudava as divisas emergentes, enquanto o euro era favorecido pela esperança de acordo sobre a saída do Reino Unido da União Europeia, o Brexit.

O feriado de Finados na sexta-feira, com divulgação do relatório do mercado de trabalho nos Estados Unidos, que pode reforçar a percepção de mais alta de juros no país, entretanto, pode trazer alguma cautela ao mercado local ao longo da sessão, comentaram alguns profissionais das mesas de dólar.

O Banco Central vendeu nesta sessão 13,6 mil contratos de swap cambial tradicional, equivalente à venda futura de dólares. Desta forma, rolou 680 milhões de dólares do total de 12,217 bilhões de dólares que vence em dezembro.

Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.

Acompanhe tudo sobre:Banco CentralCâmbioDólar

Mais de Mercados

Realização de lucros? Buffett vende R$ 8 bilhões em ações do Bank of America

Goldman Sachs vê cenário favorável para emergentes, mas deixa Brasil de fora de recomendações

Empresa responsável por pane global de tecnologia perde R$ 65 bi e CEO pede "profundas desculpas"

Bolsa brasileira comunica que não foi afetada por apagão global de tecnologia

Mais na Exame