Mercados

Dólar cai com exterior e otimismo renovado do mercado com Bolsonaro

Às 11:56, o dólar recuava 1,39 por cento, a 3,7262 reais na venda, depois de terminar a quinta-feira em alta de 0,41 por cento, a 3,7788 reais

O dólar iniciou a segunda-feira em queda ante o real (Jose Luis Gonzalez/Reuters)

O dólar iniciou a segunda-feira em queda ante o real (Jose Luis Gonzalez/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 15 de outubro de 2018 às 09h19.

Última atualização em 15 de outubro de 2018 às 13h23.

São Paulo - O dólar operava em queda de mais de 1 por cento e abaixo de 3,75 reais nesta segunda-feira, acompanhando a trajetória da moeda norte-americana no exterior e com o otimismo renovado do mercado com a liderança de Jair Bolsonaro (PSL) na disputa à Presidência.

Às 11:56, o dólar recuava 1,39 por cento, a 3,7262 reais na venda, depois de terminar a quinta-feira em alta de 0,41 por cento, a 3,7788 reais. Em quatro semanas seguidas de queda, a moeda recuou 9,31 por cento.

Na mínima, a moeda foi a 3,7237 reais. O dólar futuro tinha baixa de cerca de 1,50 por cento.

"Abrimos a semana com expectativas otimistas para os ativos nacionais, tendo como pano de fundo...a continuidade da leitura de que Fernando Haddad (PT) dificilmente conseguirá 'virar o jogo' contra Jair Bolsonaro (PSL) na corrida presidencial", escreveu a H.Commcor em relatório.

Esse cenário era corroborado por pesquisa encomendada pelo BTG Pactual e divulgada nesta segunda-feira, segundo a qual Bolsonaro tem 18 pontos de vantagem em relação ao candidato do PT Fernando Haddad entre os votos válidos para o segundo turno da eleição.

O mercado agora aguarda os números de pesquisa Ibope, esperados para esta nesta noite. A preferência do mercado financeiro por Bolsonaro é apoiada no seu coordenador econômico, o economista liberal Paulo Guedes, e a expectativa é de que eles imponham uma agenda de reformas, corte de gastos e ajuste fiscal.

No exterior, o dólar caía ante a cesta de moedas em meio a tensões geopolítica e ainda com dados de vendas no varejo nos Estados Unidos mais fracos do que o esperado em setembro.

A moeda norte-americana também perdia valor ante as divisas de países emergentes, com destaque para a lira turca, que subia pelo segundo dia após a após a libertação e o retorno do pastor norte-americano detido Andrew Brunson, o que elevava a esperança de alívio nas relações entre Estados Unidos e Ancara.

O Banco Central ofertou e vendeu integralmente nesta sessão 7,7 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares. Desta forma, rolou 3,85 bilhões de dólares do total de 8,027 bilhões de dólares que vence em novembro.

Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.

Acompanhe tudo sobre:CâmbioDólarEleições 2018

Mais de Mercados

Realização de lucros? Buffett vende R$ 8 bilhões em ações do Bank of America

Goldman Sachs vê cenário favorável para emergentes, mas deixa Brasil de fora de recomendações

Empresa responsável por pane global de tecnologia perde R$ 65 bi e CEO pede "profundas desculpas"

Bolsa brasileira comunica que não foi afetada por apagão global de tecnologia

Mais na Exame