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Dólar cai para R$3,98 diante de cenário externo e pesquisa eleitoral

Às 12:08, o dólar recuava 1,07 por cento, a 3,9831 reais na venda, depois de terminar a véspera em baixa de 1,39 por cento, a 4,0262 reais

DÓLAR: o recuo do dólar no mercado doméstico também era influenciado pelo exterior, onde passou a recuar também sobre as demais divisas de países emergentes (Sergey Nazarov/Thinkstock)
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Reuters

Publicado em 27 de setembro de 2018 às 11h46.

Última atualização em 27 de setembro de 2018 às 12h55.

São Paulo - O dólar operava em queda de mais de 1 por cento e abaixo de 4 reais, reflexo de fluxo de ingresso de recursos e desmonte de posições compradas, com os investidores menos assustados quanto ao cenário eleitoral doméstico em sessão ainda marcada por melhora no cenário externo.

Às 12:08, o dólar recuava 1,07 por cento, a 3,9831 reais na venda, depois de terminar a véspera em baixa de 1,39 por cento, a 4,0262 reais, menor valor desde 20 de agosto. Na mínima, a moeda foi a 3,9675 reais. O dólar futuro tinha queda de cerca de 1,30 por cento.

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"Está tendo fluxo...e uma reversão dos fundos, que estão voltando a comprar Brasil", explicou o presidente da correspondente cambial Remessa Online, Fernando Pavani.

Nos últimos dias, muitos investidores têm desmontado posições compradas, aquelas que apostam na alta do dólar, em meio à percepção de que as eleições estão se encaminhando para um segundo turno entre Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) e que o primeiro têm boas chances de vencer o pleito.

O mercado quer que vença um candidato com perfil mais reformista e preferia Geraldo Alckmin (PSDB), mas como esse não tem ganhado tração, tem considerado que Bolsonaro pode ser uma opção, sobretudo por causa de Paulo Guedes, seu principal assessor econômico na campanha e com ideias liberais.

Nesta quinta-feira, não está prevista a divulgação de novas pesquisas de intenções de votos. Na véspera, o mercado se animou com levantamento do Paraná Pesquisas, feito para a Empiricus Research, mostrando que Bolsonaro venceria Haddad no segundo turno.

O recuo do dólar no mercado doméstico também era influenciado pelo exterior, onde passou a recuar também sobre as demais divisas de países emergentes, como os pesos chileno e mexicano.

Na véspera, o Federal Reserve, banco central norte-americano, confirmou que prevê mais uma alta dos juros em dezembro, três em 2019 e uma em 2020, não reforçando a leitura daqueles que previam uma postura mais "hawkish".

"O fato de ele ter sinalizado o fim da política expansionista tirou a perspectiva de altas subsequentes...a política de aumento gradual está perto do fim", avaliou o diretor da assessoria de câmbio FB Capital Fernando Bergallo.

O Banco Central ofertou e vendeu integralmente nesta sessão 10,72 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólar es, concluindo a rolagem dos 9,801 bilhões dedólares que vencem em outubro.

Em novembro, segundo dados do site do BC, vencem 8,027 bilhões de dólar es em swap cambial.

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