Mercados

Dólar cai 1,5% e zera alta do mês com desmonte de posições e cena política

Às 12:26, o dólar recuava 1,55%, a 3,9175 reais na venda

Câmbio: dólar acelerou a queda frente ao real na manhã desta sexta-feira (Hamera Technologies/VEJA)

Câmbio: dólar acelerou a queda frente ao real na manhã desta sexta-feira (Hamera Technologies/VEJA)

R

Reuters

Publicado em 31 de maio de 2019 às 12h51.

São Paulo — O dólar acelerou a queda frente ao real na manhã desta sexta-feira, ficando a menos de 1 centavo de perder a linha de 3,90 reais, em meio a um dia de perdas para a moeda no exterior e a continuação do desmonte de posições negativas para o câmbio brasileiro, com melhora na cena política local.

As fortes oscilações eram típicas de dias finais de mês, quando é definida a Ptax mensal. Essa taxa serve de referência para a liquidação de contratos futuros e outros derivativos e costuma ser alvo de "disputa" entre agentes financeiros para que termine num patamar conveniente a suas operações.

Às 12:26, o dólar recuava 1,55%, a 3,9175 reais na venda.

Na véspera, a divisa norte-americana fechou perto da estabilidade, encerrando com variação positiva de 0,07% a 3,9790 reais na venda.

O dólar futuro recuava 1,1% nesta sexta-feira.

Desde a máxima em oito meses alcançada em 20 de maio (4,1049 reais), o dólar acumula queda de 4,57%. Com isso, a moeda não apenas anulava a alta acumulada no mês como passava a cair 0,2%.

O real se fortalecia ante o dólar com investidores buscando começar junho em novo patamar, sob uma percepção mais otimista com a agenda de reformas, mais notadamente a da Previdência.

"Por mais que haja ainda ruído político, a expectativa do mercado com relação à Previdência é muito boa", disse um operador de uma corretora nacional.

Ele afirmou ainda que a postura do presidente Jair Bolsonaro de buscar um pacto com os presidentes das Casas do Congresso e do Supremo Tribunal Federal (STF) no início da semana deu confiança a agentes financeiros.

Do lado externo, com exceção do peso mexicano, afetado diretamente pela ameaça de tarifas da parte do governo norte-americano, as demais moedas de risco se apreciavam.

"O pessoal está começando a fazer uma releitura da guerra comercial, no sentido de que está ficando pior para os Estados Unidos... E isso mexe com expectativa de juros, que iria para baixo", afirmou o profissional de uma gestora em São Paulo.

O BC vendeu nesta sexta-feira todos os 5,05 mil contratos de swap cambial tradicional ofertados em rolagem do vencimento julho.

Em 22 operações, o BC já rolou 5,555 bilhões de dólares, de um total de 10,089 bilhões de dólares a expirar em julho. O estoque de swaps do BC no mercado é de 68,863 bilhões de dólares.

Acompanhe tudo sobre:CâmbioDólar

Mais de Mercados

Realização de lucros? Buffett vende R$ 8 bilhões em ações do Bank of America

Goldman Sachs vê cenário favorável para emergentes, mas deixa Brasil de fora de recomendações

Empresa responsável por pane global de tecnologia perde R$ 65 bi e CEO pede "profundas desculpas"

Bolsa brasileira comunica que não foi afetada por apagão global de tecnologia

Mais na Exame