Dólar cai 1% frente ao real seguindo cena externa
Sessão terá apenas metade da duração e será marcada pelo baixo volume de negócios após as folgas do Carnaval
Reuters
Publicado em 14 de fevereiro de 2018 às 14h39.
Última atualização em 14 de fevereiro de 2018 às 15h24.
São Paulo - O dólar caía 1 por cento ante o real nesta quarta-feira acompanhando a cena externa e numa sessão que terá apenas metade da duração e será marcada pelo baixo volume de negócios após as folgas do Carnaval.
Às 13:37, o dólar recuava 1,27 por cento, a 3,2602 reais na venda , depois de subir 2,73 por cento na semana passada e chegar ao patamar de 3,30 reais.
Na mínima do dia, a moeda norte-americana já chegou a 3,2592 reais. O dólar futuro caía cerca de 1 por cento.
"Hoje é um dia atípico, com baixo volume de negócios", afirmou o operador da corretora Advanced Alessandro Faganello, citando o cenário externo como o guia dos investidores locais.
Ainda perdurava a preocupação de que o Federal Reserve , banco central norte-americano, possa elevar os juros mais rapidamente do que o esperado, o que tende a afetar o fluxo de capitais globalmente.
Pela manhã, foi divulgado que a inflação ao consumidor nos Estados Unidos avançou mais do que o esperado em janeiro, mas que as vendas no varejo na maior economia do mundo surpreendeu e caiu no mês passado.
Com isso, o dólar recuava frente a uma cesta de moedas e outras divisas de países emergentes, como o peso chileno.
Os juros futuros nos Estados Unidos continuavam precificando quase 90 por cento de chances de o Fed elevar os juros em março, próximo encontro do banco central, e cerca de 20 por cento de que elevará a taxa quatro vezes neste ano. A própria autoridade monetária prevê três altas.
Juros mais altos nos EUA tendem a atrair recursos aplicados em outras praças financeiras, como o brasileira. Recentemente, os mercados globais --sobretudo os acionários -- viveram forte aversão ao risco por temores de que o Fed elevaria mais os juros.
Internamente, o mercado mantinha sua atenção em torno dos esforços do governo do presidente Michel Temer para aprovar a reforma da Previdência neste mês.
O Banco Central brasileiro não fará leilão de swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, nesta sessão. Mas anunciou que continuará a rolagem dos contratos que vencem em março, no total de 6,154 bilhões de dólares, no dia seguinte, ofertando novamente até 9,5 mil swaps.