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Dólar cai 1% frente ao real seguindo cena externa

Sessão terá apenas metade da duração e será marcada pelo baixo volume de negócios após as folgas do Carnaval

Dólar: na mínima do dia, a moeda norte-americana já chegou a 3,2592 reais (Andrew Harrer/Bloomberg)

Dólar: na mínima do dia, a moeda norte-americana já chegou a 3,2592 reais (Andrew Harrer/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 14 de fevereiro de 2018 às 14h39.

Última atualização em 14 de fevereiro de 2018 às 15h24.

São Paulo - O dólar caía 1 por cento ante o real nesta quarta-feira acompanhando a cena externa e numa sessão que terá apenas metade da duração e será marcada pelo baixo volume de negócios após as folgas do Carnaval.

Às 13:37, o dólar recuava 1,27 por cento, a 3,2602 reais na venda , depois de subir 2,73 por cento na semana passada e chegar ao patamar de 3,30 reais.

Na mínima do dia, a moeda norte-americana já chegou a 3,2592 reais. O dólar futuro caía cerca de 1 por cento.

"Hoje é um dia atípico, com baixo volume de negócios", afirmou o operador da corretora Advanced Alessandro Faganello, citando o cenário externo como o guia dos investidores locais.

Ainda perdurava a preocupação de que o Federal Reserve, banco central norte-americano, possa elevar os juros mais rapidamente do que o esperado, o que tende a afetar o fluxo de capitais globalmente.

Pela manhã, foi divulgado que a inflação ao consumidor nos Estados Unidos avançou mais do que o esperado em janeiro, mas que as vendas no varejo na maior economia do mundo surpreendeu e caiu no mês passado.

Com isso, o dólar recuava frente a uma cesta de moedas e outras divisas de países emergentes, como o peso chileno.

Os juros futuros nos Estados Unidos continuavam precificando quase 90 por cento de chances de o Fed elevar os juros em março, próximo encontro do banco central, e cerca de 20 por cento de que elevará a taxa quatro vezes neste ano. A própria autoridade monetária prevê três altas.

Juros mais altos nos EUA tendem a atrair recursos aplicados em outras praças financeiras, como o brasileira. Recentemente, os mercados globais --sobretudo os acionários -- viveram forte aversão ao risco por temores de que o Fed elevaria mais os juros.

Internamente, o mercado mantinha sua atenção em torno dos esforços do governo do presidente Michel Temer para aprovar a reforma da Previdência neste mês.

O Banco Central brasileiro não fará leilão de swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, nesta sessão. Mas anunciou que continuará a rolagem dos contratos que vencem em março, no total de 6,154 bilhões de dólares, no dia seguinte, ofertando novamente até 9,5 mil swaps.

 

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