Mercados

Dólar cai cerca de 1,5% e vai abaixo de R$3,25

A eleição de Maia como sucessor do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) dá fim à instabilidade causada nos trabalhos da Casa


	Câmbio: às 9:07, o dólar recuava 1,13 por cento, a 3,2375 reais na venda, após cair 0,71 por cento na sessão passada
 (Bruno Domingos/ Reuters)

Câmbio: às 9:07, o dólar recuava 1,13 por cento, a 3,2375 reais na venda, após cair 0,71 por cento na sessão passada (Bruno Domingos/ Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 14 de julho de 2016 às 10h29.

São Paulo - O dólar recuava cerca de 1,5 por cento e voltava abaixo de 3,25 reais nesta quinta-feira, após a eleição do deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), considerado pragmático e com bom trânsito com o presidente interino Michel Temer, como presidente da Câmara dos Deputados.

Às 10:21, o dólar recuava 1,35 por cento, a 3,2304 reais na venda, após chegar a 3,2262 reais na mínima da sessão.

O dólar futuro caía cerca de 1,1 por cento nesta manhã.

"Maia representou nova conquista do presidente interino visto que tende a 'jogar lado a lado' com o mesmo no que tange à aprovação de medidas relevantes ao ajuste fiscal no Congresso", escreveram analistas da corretora H.Commcor em nota a clientes.

A eleição de Maia como sucessor do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) dá fim à instabilidade causada nos trabalhos da Casa pelas idas e vindas sob a interinidade do primeiro vice-presidente Waldir Maranhão (PP-MA).

A votação foi bem recebida pelo mercado, que demonstrava preocupação com o crescimento da candidatura de Marcelo Castro (PMDB-PI).

Castro se posicionou contra o impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff, assustando investidores que culpam as política adotadas em seu primeiro mandato por aprofundar a crise econômica no Brasil.

O bom humor com o cenário político ofuscou o tom de cautela visto no exterior após o Banco da Inglaterra surpreender muitos operadores ao não anunciar qualquer estímulo econômico nesta manhã.

Ainda assim, o banco central britânico informou que deve adotar alguma medida em três semanas.

"Foi uma decepção para muitos, mas a sinalização (de mais estímulos no curto prazo) é uma colher de chá", disse o operador da corretora B&T Marcos Trabbold.

A atuação do Banco Central brasileiro tampouco foi suficiente para estancar o tombo da moeda norte-americana.

A autoridade monetária vendeu novamente nesta manhã 10 mil swaps reversos, que equivalem a compra futura de dólares, repetindo a operação que realizou em todos os pregões deste mês exceto um.

Acompanhe tudo sobre:Câmara dos DeputadosCâmbioDólarEuropaMoedasPaíses ricosPolítica no BrasilReino Unido

Mais de Mercados

Realização de lucros? Buffett vende R$ 8 bilhões em ações do Bank of America

Goldman Sachs vê cenário favorável para emergentes, mas deixa Brasil de fora de recomendações

Empresa responsável por pane global de tecnologia perde R$ 65 bi e CEO pede "profundas desculpas"

Bolsa brasileira comunica que não foi afetada por apagão global de tecnologia

Mais na Exame