Dólar cai 1% após Fed elevar juro e reforçar alta gradual
Às 12:26, o dólar recuava 0,81 por cento, a 3,8931 reais na venda, após subir 1,24 por cento na véspera
Da Redação
Publicado em 17 de dezembro de 2015 às 11h54.
São Paulo - O dólar recuava cerca de 1 por cento em relação ao real nesta quinta-feira, após o Federal Reserve , banco central norte-americano, elevar os juros e indicar que a trajetória de alta deve ser gradual, como esperado.
Às 12:26, o dólar recuava 0,81 por cento, a 3,8931 reais na venda, após subir 1,24 por cento na véspera.
Embora juros mais altos tendam a atrair para os EUA recursos aplicados no Brasil, operadores entenderam a decisão como uma demonstração de confiança na economia norte-americana e reagiram comprando ativos de risco. Ao mesmo tempo, recebiam bem a perspectiva de aperto monetário lento.
"Para o mercado, esse é o melhor dos mundos", resumiu o gerente de câmbio da corretora Treviso, Reginaldo Galhardo.
O dólar futuro, que já havia se ajustado à decisão do Fed após o fechamento do mercado à vista na véspera, operava perto da estabilidade.
Investidores continuavam preocupados com o cenário político e econômico no Brasil, em meio a expectativas de que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, deixe o governo e enquanto o Supremo Tribunal Federal (STF) avalia o rito do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.
Na véspera, a Fitch tornou-se a segunda agência de classificação de risco a retirar o selo de bom pagador internacional do Brasil, argumentando, entre outros pontos, que o processo de impeachment aumenta a incerteza política.
Operadores ressaltaram, porém, que muitos investidores já esperavam que isso ocorresse.
"Talvez vejamos ainda alguma pressão no fim do ano, porque muita gente precisa fazer ajustes na carteira para fechar o balanço de 2015. Mas se você olha para o mercado, ele já vem se comportando como grau especulativo há tempos", disse o operador de uma corretora internacional.
O Banco Central fará nesta sessão leilão de venda de até 500 milhões de dólares com compromisso de recompra, em operação que não tem como fim a rolagem de contratos já existentes mas é normal nesta época de fim de ano.
Pela manhã, o Banco Central deu sequência à rolagem dos swaps cambiais que vencem em janeiro, com oferta de até 11.260 contratos, que equivalem a venda futura de dólares. Até agora, a autoridade monetária já rolou o equivalente a 7,114 bilhões de dólares, ou cerca de 66 por cento do lote total, que corresponde a 10,694 bilhões de dólares. (Por Bruno Federowski; Edição de Alexandre Caverni e Patrícia Duarte)
São Paulo - O dólar recuava cerca de 1 por cento em relação ao real nesta quinta-feira, após o Federal Reserve , banco central norte-americano, elevar os juros e indicar que a trajetória de alta deve ser gradual, como esperado.
Às 12:26, o dólar recuava 0,81 por cento, a 3,8931 reais na venda, após subir 1,24 por cento na véspera.
Embora juros mais altos tendam a atrair para os EUA recursos aplicados no Brasil, operadores entenderam a decisão como uma demonstração de confiança na economia norte-americana e reagiram comprando ativos de risco. Ao mesmo tempo, recebiam bem a perspectiva de aperto monetário lento.
"Para o mercado, esse é o melhor dos mundos", resumiu o gerente de câmbio da corretora Treviso, Reginaldo Galhardo.
O dólar futuro, que já havia se ajustado à decisão do Fed após o fechamento do mercado à vista na véspera, operava perto da estabilidade.
Investidores continuavam preocupados com o cenário político e econômico no Brasil, em meio a expectativas de que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, deixe o governo e enquanto o Supremo Tribunal Federal (STF) avalia o rito do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.
Na véspera, a Fitch tornou-se a segunda agência de classificação de risco a retirar o selo de bom pagador internacional do Brasil, argumentando, entre outros pontos, que o processo de impeachment aumenta a incerteza política.
Operadores ressaltaram, porém, que muitos investidores já esperavam que isso ocorresse.
"Talvez vejamos ainda alguma pressão no fim do ano, porque muita gente precisa fazer ajustes na carteira para fechar o balanço de 2015. Mas se você olha para o mercado, ele já vem se comportando como grau especulativo há tempos", disse o operador de uma corretora internacional.
O Banco Central fará nesta sessão leilão de venda de até 500 milhões de dólares com compromisso de recompra, em operação que não tem como fim a rolagem de contratos já existentes mas é normal nesta época de fim de ano.
Pela manhã, o Banco Central deu sequência à rolagem dos swaps cambiais que vencem em janeiro, com oferta de até 11.260 contratos, que equivalem a venda futura de dólares. Até agora, a autoridade monetária já rolou o equivalente a 7,114 bilhões de dólares, ou cerca de 66 por cento do lote total, que corresponde a 10,694 bilhões de dólares. (Por Bruno Federowski; Edição de Alexandre Caverni e Patrícia Duarte)