Dólar cai 0,56% e encosta em R$3,25 com exterior
Pela segunda semana consecutiva, o índice caiu, 0,59%, acumulando, no período, 1,39% de baixa
Reuters
Publicado em 17 de novembro de 2017 às 17h47.
São Paulo - O dólar acompanhou a trajetória de baixa da moeda no exterior e chegou mais perto do nível de 3,25 reais nesta sexta-feira, o que não impediu os investidores de se manterem atentos à cautela com a cena política local, em meio às negociações políticas do governo para tentar aprovar a reforma da Previdência.
O dólar recuou 0,56 por cento, a 3,2612 reais na venda, depois de ir a 3,2551 reais na mínima da sessão.
Pela segunda semana consecutiva, o índice caiu, 0,59 por cento, acumulando, no período, 1,39 por cento de baixa. O dólar futuro caía cerca de 0,40 por cento.
"O feriado de segunda-feira levou alguns investidores a montarem posições mais defensivas pela manhã, mas o movimento foi superado pelo avanço firme do petróleo à tarde, que impulsionou as moedas emergentes e aqui acompanhou", resumiu o diretor da Correparti Corretora Jefferson Rugik.
Na máxima da sessão, no começo da tarde, o dólar chegou a subir e atingir 3,2893 reais, mas o movimento não se sustentou. O petróleo subia mais de dois por cento no exterior.
O dólar cedia ante divisas de países emergentes, como o rand sul-africano e os pesos mexicano e chileno. Caía também ante uma cesta de moedas.
Os investidores monitoravam o avanço da reforma tributária no Congresso dos Estados Unidos, depois que a Câmara aprovou o texto na véspera. No Senado, entretanto, ele encontra resistências e pode ser mais difícil a aprovação.
Na segunda-feira, o mercado futuro de câmbio ficará fechado já que São Paulo é uma das cidades que comemoram o feriado do Dia da Consciência Negra. O mercado à vista, por sua vez, deve ter liquidez bastante estreita com operações em outras cidades.
Após reação negativa da base aliada, o presidente Michel Temer desistiu de uma reforma ampla e vai fazer apenas mudanças pontuais em ministérios, com o objetivo de garantir os votos necessários para aprovar uma versão enxuta das mudanças na Previdência.
"A não-aprovação da reforma neste ano pode acarretar em rebaixamento do rating brasileiro no começo do ano que vem", advertiu o diretor de operações da corretora Mirae, Pablo Spyer.
Em entrevista à Reuters nesta tarde, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou ver dificuldades para votar a reforma da Previdência, apesar de ponderar que ainda há espaço para isso. E acrescentou que se a matéria ficar para 2018, será difícil retomar o processo.