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Dólar cai 0,05% em dia fraco e após emissão do BB

Liquidez do mercado foi reduzida em meio a feriado em São Paulo


	Dólar: a divisa norte-americana caiu 0,05% no mercado de balcão nesta sexta-feira
 (©afp.com / Asif Hassan)

Dólar: a divisa norte-americana caiu 0,05% no mercado de balcão nesta sexta-feira (©afp.com / Asif Hassan)

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Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.

Com o feriado de aniversário de São Paulo, que deixou a principal praça de negócios do País fechada, o mercado de balcão de dólares viu sua liquidez minguar nesta sexta-feira. Apesar de subir no exterior em relação a outras moedas com elevada correlação com commodities, o dólar encerrou em baixa de 0,05% ante o real no balcão, cotado a R$ 2,0300.

Ao longo do dia, o dólar oscilou em margens estreitas, mantendo-se muito próximo do fechamento anterior. Na máxima, vista perto das 11h30, a moeda marcou R$ 2,0350 (+0,20%) e, na mínima, atingiu R$ 2,0270 (-0,20%) - a menor cotação intraday desde 8 de janeiro deste ano, quando marcou R$ 2,0210. No exterior, às 16h52, o dólar americano subia 0,49% ante o australiano, avançava 0,58% ante o canadense e tinha ganho de 0,25% ante o neozelandês. No mesmo horário, o euro era cotado a US$ 1,3463, ante US$ 1,3377 do fim da tarde de quinta-feira.

Profissionais de Curitiba e Porto Alegre - praças que operaram nesta sexta - confirmaram à Agência Estado que o volume de negócios foi reduzido, ainda mais sem a negociação no mercado futuro da BM&FBovespa, e que as oscilações do dólar no balcão foram limitadas. "Além da liquidez reduzida, as pontas (de compra e venda de dólares) são mais abertas. Os spreads estão maiores", comentou à tarde uma profissional do Banco Sicredi, de Porto Alegre.

Na prática, para evitar eventuais dificuldades nesta sexta, muitos players preferiram antecipar negócios para antes do feriado em São Paulo ou aguardar a próxima segunda-feira. "A gente indicou a nossos clientes a não deixar nada de volume para fazer hoje", disse João Paulo de Gracia Corrêa, gerente de câmbio da Correparti Corretora, de Curitiba.


Corrêa chamou a atenção para a operação do Banco do Brasil, que captou no exterior US$ 2 bilhões por meio de bônus perpétuos subordinados. A demanda pelos papéis chegou a US$ 15,9 bilhões, o que contribuiu para reduzir o yield (retorno ao investidor) de 6,875% para 6,25% ao ano, menor taxa paga pelo BB para captar recursos fora do País. Os bônus são perpétuos, mas poderão ser resgatados após 11 anos. O cupom ficou em 6,25%.

Quando os detalhes da captação, já ventilada na véspera, foram divulgados, o dólar chegou a bater nos R$ 2,0270 no balcão, mesmo que momentaneamente, em função da expectativa de internalização destes recursos. Porém, a moeda americana retornou à tarde para perto da estabilidade ante o real.

Para a próxima semana, profissionais citam as discussões sobre o teto da dívida norte-americana, a pressão inflacionária no Brasil e a formação da Ptax para liquidação de contratos futuros como os principais fatores que influenciarão o câmbio.

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