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Dólar anula queda e passa a subir ante o real com temores

Apesar do movimento de valorização, o dólar continuava operando abaixo do patamar de r$2,20


	Troca reais por dólares em casa de câmbio: às 11h01, o dólar avançava 0,51%, a 2,1889 reais na venda, após ter atingido 2,1659 na mínima do dia e chegado a 2,1939 reais na máxima
 (Bruno Domingos/Reuters)

Troca reais por dólares em casa de câmbio: às 11h01, o dólar avançava 0,51%, a 2,1889 reais na venda, após ter atingido 2,1659 na mínima do dia e chegado a 2,1939 reais na máxima (Bruno Domingos/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2013 às 12h04.

São Paulo - O dólar anulou a queda vista no início dos negócios e passou subir ante o real nesta segunda-feira após notícia de que o Banco Central poderia não rolar integralmente os contratos de swap cambial tradicional com vencimento em 1º de novembro de 2013, o que reduziria a injeção de liquidez nos mercados.

Às 11h01, o dólar avançava 0,51 por cento, a 2,1889 reais na venda, após ter atingido 2,1659 na mínima do dia e chegado a 2,1939 reais na máxima. Segundo dados da BM&F, o volume de negociação era bastante baixo, de 3,4 milhões de dólares.

Apesar do movimento de valorização, o dólar continuava operando abaixo do patamar de 2,20 reais, considerado por muito analistas como o "limite técnico" da moeda norte-americana.

"Essa informação deu uma estressada no mercado", afirmou o superintendente de câmbio da Advanced Corretora, Reginaldo Siaca.

Ele referia-se à notícia publicada pela Broadcast mais cedo, citando uma fonte da equipe econômica, de que dependendo das condições do mercado, a rolagem dos contratos de swap cambial tradicional --equivalente à venda de dólares no mercado futuro-- no dia 1º de novembro, no montante de 8,87 bilhões de dólares, poderia não ser integral.

Procurado, o BC não comentou o assunto.

A alta do dólar ocorria mesmo após a atuação diária do BC, que vendeu 10 mil contratos de swap tradicional ofertados com vencimento em 5 de março de 2014 e volume financeiro equivalente a 497,6 milhões de dólares.


O mercado também continuava sob a expectativa de novos desdobramentos nos Estados Unidos, que vivem um impasse fiscal e diante do risco de default a partir do dia 17, quando vence o prazo para o Congresso do país elevar o teto da dívida.

Durante o final de semana não houve progresso nas negociações entre democratas e republicanos.

"Esta semana vence o prazo limite para o aumento do teto da dívida norte-americana e receito que o mercado pode azedar", afirmou o diretor-executivo da NGO Corretora, Sidnei Nehme.

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