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Dólar anula queda com possível medida em derivativos

Moeda norte-americana caiu 0,06%, para R$ 1,581

Mantega já havia alertado que governo pode ir para mercado de futuros e derivativos (Mark Wilson/Getty images)

Mantega já havia alertado que governo pode ir para mercado de futuros e derivativos (Mark Wilson/Getty images)

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Da Redação

Publicado em 12 de julho de 2011 às 18h06.

São Paulo - O dólar anulou a queda do começo do dia e ficou praticamente estável nesta terça-feira, refletindo a expectativa do mercado por novas medidas do governo contra a valorização do real.

A moeda norte-americana teve variação negativa de 0,06 por cento, a 1,581 real.

Às 15h30, quando o Banco Central realizou o leilão de compra no mercado à vista, a moeda era cotada a 1,5735 real, em baixa de cerca de 0,5 por cento.

Mas a divulgação de que o governo avalia medidas para desestimular a aposta de estrangeiros no mercado futuro pela valorização do real, de acordo com fonte do governo à Reuters, fez a moeda anular a queda a partir das 15h55.

"Isso levou o mercado a fazer um ajuste", disse José Carlos Amado, operador de câmbio da corretora Renascença.

O dólar chegou a ser cotado na semana passada no menor nível em 12 anos. Na última sexta-feira, o BC reduziu o espaço para que os bancos mantenham posições vendidas no mercado de câmbio à vista, e agora o governo estuda outros meios --como um aumento de impostos-- que tirem a atratividade de operações no mercado de derivativos.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, chegou a mencionar há uma semana que o governo poderia tomar medidas nos "futuros e derivativos".

Nos últimos dias, a posição vendida dos investidores estrangeiros em dólar futuro e cupom cambial (DDI), que pode ser lida como uma aposta na valorização do real, chegou a superar o recorde de 24 bilhões de dólares.

A medida em gestação agora, explicou a fonte, em princípio envolveria limitações no momento da contratação dos derivativos, e não apenas nos ajustes.

Não seria a primeira vez que o governo tenta desestimular essas operações. Em outubro passado, ele aumentou de 0,38 para 6 por cento o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) nas operações de câmbio para formação de margens de garantia.

No mercado internacional, o euro caía abaixo de 1,40 dólar, no menor nível em quatro meses por causa da preocupação com a dívida de países como Grécia e Irlanda. Em relação a uma cesta com as principais divisas, porém, o dólar tinha alta modesta de 0,04 por cento às 17h.

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