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Dólar amplia queda ante real em dia de briga por Ptax

Ajudava também na queda do dólar a atuação do BC


	Dólar: às 12h50, o dólar recuava 0,40 por cento, a 2,3486 reais na venda. O volume de negociação estava forte para o horário, em cerca de 1,3 bilhão de dólares
 (Susana Gonzalez/Bloomberg)

Dólar: às 12h50, o dólar recuava 0,40 por cento, a 2,3486 reais na venda. O volume de negociação estava forte para o horário, em cerca de 1,3 bilhão de dólares (Susana Gonzalez/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 26 de dezembro de 2013 às 12h32.

São Paulo - O dólar ampliava a queda em relação ao real nesta quinta-feita, diante da briga no mercado pela formação da Ptax do ano e em meio a um aumento de volume das negociações, com os investidores ainda de olho no Banco Central.

Às 12h50, o dólar recuava 0,40 por cento, a 2,3486 reais na venda. O volume de negociação estava forte para o horário, em cerca de 1,3 bilhão de dólares, segundo a BM&F, ainda mais pós-feriado de Natal.

"Estamos em dia de briga pela Ptax no fim do ano. Então, teve operação para tentar pilotar a Ptax", afirmou o gerente de câmbio da Fair Corretora, Mario Battistel, acrescentando que não tinha visto nenhuma operação relevante no mercado.

A Ptax é uma cotação média utilizada como referência em alguns contratos e sua formação ocorre diariamente por volta da hora do almoço. "Houve grande venda na hora da Ptax e isso não é só o BC mexendo", afirmou um operador de banco estrangeiro.

Ajudava também na queda do dólar a atuação do BC. A autoridade monetária deu sequência à intervenção no mercado de câmbio, ao vender 10 mil contratos de swap cambial tradicional --equivalente à venda de dólares no futuro-- com vencimentos em 5 de março e 1º de julho de 2014, numa operação que movimentou o equivalente a 496,7 milhões de dólares.

Neste mês, o mercado de câmbio tem visto mais saídas do que entradas de dólares. Segundo o BC, o fluxo cambial --entrada e saída de moeda estrangeira do país-- estava negativo em 7,735 bilhões de dólares em dezembro, até o dia 20. Só na semana passada, a saída líquida foi de 3,505 bilhões de dólares. Final de ano é a época em que as multinacionais instaladas no país costumam remeter mais lucros e dividendo para fora. (Por Tiago Pariz; Edição de Patrícia Duarte)

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