Dólar acelera no final e bate R$ 2,195 após BC dos EUA
Fortalecimento do dólar ocorreu em todo o mundo, com investidores avaliando que Fed manteve possibilidade de iniciar redução de estímulos à economia em dezembro
Da Redação
Publicado em 31 de outubro de 2013 às 08h50.
São Paulo - Após sustentar leves ganhos à tarde, o dólar acelerou ante o real após a divulgação do comunicado de política monetária do Federal Reserve, às 16 horas desta quarta-feira, 30.
O fortalecimento do dólar ocorreu em todo o mundo, com os investidores avaliando que o Fed manteve sobre a mesa a possibilidade de iniciar, em dezembro, a redução de seus estímulos à economia. Com isso, o dólar à vista negociado no balcão terminou a sessão em alta de 0,64%, a R$ 2,195.
O que disparou a busca pela moeda norte-americana foi o fato de o Fed ter eliminado, no documento divulgado após a reunião de política monetária, a referência ao aperto das condições financeiras.
Anteriormente, o Fed havia citado um aperto das condições, em um cenário de alta das taxas dos Treasuries (títulos da dívida do Tesouro dos EUA) e das taxas das hipotecas. Agora, sem esta referência, a instituição parece enxergar um cenário mais positivo.
Isso mantém a possibilidade de o Fed começar, ainda em 2013, a redução de seus estímulos econômicos - o que se traduziria em menos dólares no sistema financeiro e, portanto, pressão de alta para a moeda americana.
O dólar, que antes da decisão do Fed oscilava de forma comportada na faixa dos R$ 2,18, chegou à máxima de R$ 2,197 (+0,73%), às 16h35. Na mínima, marcou R$ 2,183 (+0,09%). No mercado futuro, o dólar para novembro tinha alta de 0,27%, a R$ 2,1930.
"O dólar acelerou com o Fed e isso ocorreu lá fora também. As moedas commodities passaram a cair forte ante o dólar", comentou João Paulo de Gracia Corrêa, gerente de câmbio da Correparti Corretora.
Pela manhã, a moeda norte-americana subia no balcão, apesar de a tendência ser de baixa no exterior. Além da expectativa antes do Fed, as cotações reagiam à pressão de alta de investidores estrangeiros que estão comprados no mercado futuro (apostando na alta da cotação).
Como a Ptax que liquida os derivativos cambiais de novembro será determinada no pregão seguinte, os estrangeiros operavam para a moeda ganhar força ante o real, em um ambiente de liquidez reduzida.
Os leilões de swap cambial do BC (equivalente à venda de moeda no mercado futuro) foram bem-sucedidos, ajudando a moderar a valorização.
Pela manhã o BC vendeu 10 mil contratos no leilão diário e, à tarde, mais 20 mil contratos para rolagem dos vencimentos de novembro - encerrando a segunda tranche de rolagem. Cerca de dois terços dos US$ 8,9 bilhões de swaps que vencem em 1º de novembro foram rolados.
São Paulo - Após sustentar leves ganhos à tarde, o dólar acelerou ante o real após a divulgação do comunicado de política monetária do Federal Reserve, às 16 horas desta quarta-feira, 30.
O fortalecimento do dólar ocorreu em todo o mundo, com os investidores avaliando que o Fed manteve sobre a mesa a possibilidade de iniciar, em dezembro, a redução de seus estímulos à economia. Com isso, o dólar à vista negociado no balcão terminou a sessão em alta de 0,64%, a R$ 2,195.
O que disparou a busca pela moeda norte-americana foi o fato de o Fed ter eliminado, no documento divulgado após a reunião de política monetária, a referência ao aperto das condições financeiras.
Anteriormente, o Fed havia citado um aperto das condições, em um cenário de alta das taxas dos Treasuries (títulos da dívida do Tesouro dos EUA) e das taxas das hipotecas. Agora, sem esta referência, a instituição parece enxergar um cenário mais positivo.
Isso mantém a possibilidade de o Fed começar, ainda em 2013, a redução de seus estímulos econômicos - o que se traduziria em menos dólares no sistema financeiro e, portanto, pressão de alta para a moeda americana.
O dólar, que antes da decisão do Fed oscilava de forma comportada na faixa dos R$ 2,18, chegou à máxima de R$ 2,197 (+0,73%), às 16h35. Na mínima, marcou R$ 2,183 (+0,09%). No mercado futuro, o dólar para novembro tinha alta de 0,27%, a R$ 2,1930.
"O dólar acelerou com o Fed e isso ocorreu lá fora também. As moedas commodities passaram a cair forte ante o dólar", comentou João Paulo de Gracia Corrêa, gerente de câmbio da Correparti Corretora.
Pela manhã, a moeda norte-americana subia no balcão, apesar de a tendência ser de baixa no exterior. Além da expectativa antes do Fed, as cotações reagiam à pressão de alta de investidores estrangeiros que estão comprados no mercado futuro (apostando na alta da cotação).
Como a Ptax que liquida os derivativos cambiais de novembro será determinada no pregão seguinte, os estrangeiros operavam para a moeda ganhar força ante o real, em um ambiente de liquidez reduzida.
Os leilões de swap cambial do BC (equivalente à venda de moeda no mercado futuro) foram bem-sucedidos, ajudando a moderar a valorização.
Pela manhã o BC vendeu 10 mil contratos no leilão diário e, à tarde, mais 20 mil contratos para rolagem dos vencimentos de novembro - encerrando a segunda tranche de rolagem. Cerca de dois terços dos US$ 8,9 bilhões de swaps que vencem em 1º de novembro foram rolados.