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Dólar abre estável à espera de votação da PEC e Fed

Às 10:38, o dólar recuava 0,01 por cento, a 3,3450 reais na venda, depois de acumular queda de 3,66 por cento nos seis pregões anteriores

Dólar: alta da moeda americana frente ao real nesta sessão era contida pelo leilão de venda de dólares com compromisso de recompra anunciado pelo BC (stevanovicigor/Thinkstock)
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Reuters

Publicado em 13 de dezembro de 2016 às 10h57.

São Paulo - O dólar era negociado praticamente estável ante o real nesta terça-feira, após seis quedas seguidas, com o mercado à espera da votação da PEC do teto dos gastos e do desfecho do encontro de política monetária do Federal Reserve, banco central norte-americano, no dia seguinte.

O anúncio do leilão de linha pelo Banco Central para rolagem inibia correção mais forte da moeda.

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Às 10:38, o dólar recuava 0,01 por cento, a 3,3450 reais na venda, depois de acumular queda de 3,66 por cento nos seis pregões anteriores e ir abaixo de 3,35 reais. O dólar futuro tinha alta de 0,37 por cento.

"Acho que não há nenhuma dúvida de que a PEC vai passar hoje, mas é importante que o governo sustente o placar de votos do primeiro turno", comentou o diretor de operações da corretora Mirae Asset, Pablo Spyer.

O Senado inicia nesta manhã a votação em segundo turno da PEC que limita o avanço das despesas públicas, em meio a fortes turbulências políticas que atingiram o governo do presidente Michel Temer. No primeiro turno, a PEC, considerada pela equipe econômica como essencial para o reequilíbrio das contas públicas e retomada do crescimento, foi aprovada por 61 votos a 14.

"Depois da turbulência política dos últimos dias..., o mercado quer ver se o governo ainda goza de base firme que pode dar andamento a outras medidas, como a reforma da Previdência", comentou um operador da mesa de câmbio de uma corretora nacional.

O cenário político estava mais sensível após o vazamento da delação do ex-diretor de Relações Institucionais da Odebrecht Claudio Melo Filho, que citou recursos repassados a líderes peemedebistas, incluindo Temer, o ministro Eliseu Padilha, o secretário Moreira Franco, entre outros.

A alta do dólar frente ao real nesta sessão era contida pelo leilão de venda de dólares com compromisso de recompra anunciado pelo BC, de até 4,2 bilhões de dólares para rolagem dos contratos já existentes.

"Pode-se ler essa antecipação (da rolagem) como uma forma de prover hedge/liquidez ao mercado em um dia de cautela e tensão com a questão do ajuste fiscal nacional em fase crítica", comentou a corretora H.Commcor em relatório a clientes.

Normalmente, o BC anuncia leilões de linha para rolagem no final do mês. A autoridade monetária encerrou na véspera a rolagem dos swaps cambiais tradicionais --equivalentes à venda futura de dólares-- de janeiro, de 5 bilhões de dólares.

O próximo lote vence em 1º de fevereiro, correspondente a 6,431 bilhões de dólares. No total, o estoque total de swaps tradicionais está em torno de 26,6 bilhões de dólares, segundo dados do BC.

O mercado também trabalhava sob a expectativa da reunião do Fed na quarta-feira, com ampla expectativa de que os juros voltarão a subir.

Agora, os investidores querem saber se o banco central norte-americano passará a promover aumentos maiores nas taxas após a eleição de Donald Trump à Presidência do país.

Há temores de que sua política econômica seja inflacionária, o que obrigaria o Fed a ser mais agressivo em sua política de juros.

No exterior, o dólar subia ante outras divisas de países emergentes, como os peso mexicano e o rand sul-africano.

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