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Dólar abre em leve alta com aversão ao risco no exterior

O dólar abriu em leve alta, em dia de aversão ao risco nos mercados externos


	Dólar: investidores estavam cautelosos antes do início dos debates entre candidatos à presidência nos EUA
 (Getty Images)

Dólar: investidores estavam cautelosos antes do início dos debates entre candidatos à presidência nos EUA (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 26 de setembro de 2016 às 11h54.

São Paulo - O dólar tinha pouca movimentação ante o real nesta segunda-feira, num movimento contido com os investidores de olho no fluxo e no mercado externo. Às 10:54, o dólar recuava 0,03 por cento, a 3,2462 reais na venda.

Na mínima da sessão, a moeda registrou 3,2384 reais e, na máxima, 3,2550 reais. O dólar futuro operava perto da estabilidade esta manhã.

"O dólar deve ter movimentos pontuais, de olho em possíveis entradas de recursos, mas cauteloso com os dados norte-americanos que estão para sair e também com declarações de dirigentes do Federal Reserve", comentou o operador da corretora Spinelli José Carlos Amado, referindo-se ao banco central norte-americano.

A leitura do mercado é de que, por ora, a tendência para a moeda norte-americana é de baixa, principalmente porque o Fed sinalizou maior gradualismo para elevar os juros nos Estados Unidos, o que favorece fluxo de recursos para os países emergentes.

Como a taxa de juros brasileira é bastante elevada --14,25 por cento ao ano--, nosso mercado é um dos que mais atraem os investidores. Nem mesmo a perspectiva de corte da taxa Selic deve atrapalhar esse movimento, já que, se Banco Central de fato fizer isso em seu encontro de outubro, os juros domésticos ainda seguirão bastante elevados.

Na abertura, a moeda chegou a ensaiar uma alta, mas o movimento foi fraco e não se sustentou. "O dólar não segurou a alta e passou a cair porque as condições internas estão melhores", comentou o operador de uma corretora nacional.

O mercado leu com bons olhos o resultado da pesquisa Focus do início desta segunda-feira e a nova fase da operação Lava Jato.

O levantamento divulgado pelo Banco Central trouxe perspectivas menores para a inflação ao final deste ano e também de 2017, e reduziu marginalmente a estimativa do câmbio ao final de 2016.

Nesta manhã, o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci foi preso pela Polícia Federal por suspeita de relação criminosa do petista com o grupo Odebrecht.

"Essas operações ajudam na credibilidade brasileira e, apesar de não ser determinante hoje no mercado, contribuiu para um viés favorável", disse o operador.

No exterior, a cautela predominava esta manhã, com queda das bolsas europeias e destaque para o forte recuo dos papéis do Deutsche Bank.

O petróleo, por outro lado, avançava, com os maiores produtores do mundo se reunindo na Argélia para discutir formas de apoiar o mercado.

O primeiro debate entre os presidenciáveis norte-americanos Hillary Clinton e Donald Trump também estava na mira do mercado. Pesquisa Reuters/Ipsos mostrou que metade dos eleitores dos EUA vão contar com os debates para escolher entre os candidatos.

O Banco Central vendeu hoje lote integral de 5 mil contratos de swap cambial reverso --equivalente à compra futura de moeda.

*Atualizada às 11h54

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