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Dólar abre em alta e acelera com fala de Joaquim Levy

"Não é intenção manter o câmbio artificialmente valorizado", disse o ministro


	Notas de dólar: às 9h33, o dólar à vista no balcão subia 1,99%, a R$ 2,660
 (AFP)

Notas de dólar: às 9h33, o dólar à vista no balcão subia 1,99%, a R$ 2,660 (AFP)

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Da Redação

Publicado em 30 de janeiro de 2015 às 09h55.

São Paulo - O dólar à vista no balcão abriu em alta nesta sexta-feira, 30, guiado pelo avanço da moeda dos Estados Unidos na comparação com divisas de países emergentes e ligadas a commodities no mercado internacional e por fatores domésticos, como a disputa em torno da formação da última Ptax de janeiro e o rebaixamento das notas da Petrobras pela Moody's. Depois, declarações do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, ampliaram os movimentos.

"Não é intenção manter o câmbio artificialmente valorizado", disse ele, em evento em São Paulo.

Ainda de acordo com ele, "não podemos fazer nenhuma mudança abrupta na TJLP". O ministro também afirmou que o resultado fiscal do governo central, divulgado nesta quinta-feira, mostra que a economia "precisa ser redirecionada".

"Temos de pensar que o governo criará um quadro de menos risco, com responsabilidade fiscal", acrescentou.

Às 9h33, o dólar à vista no balcão subia 1,99%, a R$ 2,660 (máxima até então), depois de abrir em alta de 0,46%, a R$ 2,620. No mercado futuro, a moeda dos EUA para março estava cotada a R$ 2,6777 (+1,98%), depois de ser negociado a R$ 2,6325 (+0,29%) na abertura.

Maiores pressões podem ser registradas perto dos horários cheios entre 10 horas e 13 horas, quando o Banco Central as coletas de cotações para a apuração da Ptax, que é divulgada normalmente em torno de 13h30.

Em relação à Petrobras, a empresa amarga o terceiro corte das notas de crédito em quatro meses pela Moody's.

Segundo a agência de classificação de risco, os motivos são "preocupações com as investigações sobre corrupção" em curso e "incertezas sobre a divulgação oportuna de comunicados financeiros auditados (que) podem levar a significativas pressões de liquidez".

A Moody's manteve os ratings da Petrobras sob revisão para um possível novo rebaixamento.

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