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Dólar abaixo de R$ 5 é o novo consenso do mercado, revela Focus

Mercado vinha projetando dólar a R$ 5 ou acima para este ano desde fevereiro de 2021

 (Thomas Trutschel/Getty Images/Getty Images)

(Thomas Trutschel/Getty Images/Getty Images)

Guilherme Guilherme
Guilherme Guilherme

Repórter de Invest

Publicado em 25 de julho de 2023 às 12h08.

Última atualização em 25 de julho de 2023 às 13h36.

O boletim Focus divulgado excepcionalmente nesta terça-feira, 25, revelou que o consenso de economistas brasileiro para o dólar deste ano caiu de R$ 5 para R$ 4,97. A mediana das projeções do mercado o dólar de 2023 havia subido para R$ 5 pela primeira vez em fevereiro de 2021.

Mercado ainda espera dólar mais alto nos próximos anos

Embora a expectativa de dólar abaixo de R$ 5 tenha ganhado força nas últimas semanas, o consenso ainda é de que a moeda ganhará força nos próximos anos, indo a R$ 5,05 em 2024 e a R$ 5,12 em 2025. Para 2026, o consenso é de dólar a R$ 5,20. No mercado à vista, o dólar é negociado próximo de R$ 4,73 nesta terça.

As projeções para o dólar deste ano têm sido revisadas gradualmente para baixo desde abril, quando começaram a melhorar as perspectivas para a economia brasileira. A melhora da percepção fiscal, com avanços de pautas econômicas em Brasília, e dados correntes, como PIB e balança comercial, acima das expectativas tem contribuído para as estimativas de dólar mais baixo. 

Por outro lado, a perspectiva de uma queda prolongada do dólar no Brasil ainda é vista com grande ceticismo entre os principais economistas do mercado. Perspectivas de commodities mais baratas, dada a desaceleração da economia mundial diante de altas taxas de juros, é um dos pontos que jogam contra a moeda brasileira. 

O Itaú, por exemplo, manteve recentemente sua projeção de dólar a R$ 5,25 para o ano que vem. Entre os motivos citados para a visão mais pessimista para a moeda brasileira no ano que vem, o banco atribuiu o diferencial de juros, que deverá diminuir com o início do ciclo de queda de juros no Brasil. 

"A melhora do cenário local pode ser duradoura, caso o governo consiga avançar com a aprovação da reforma tributária, se a perspectiva de uma redução gradual do déficit primário a cada ano for confirmada e se novos compromissos de elevação de despesas ou retrocessos microeconômicos forem evitados. Por outro lado, decepções nesses pontos poderiam interromper a tendência de queda do prêmio de risco e potencializar o enfraquecimento da dinâmica cambial que decorrerá do cenário de corte de juros", disse em nota Mario Mesquita, economista-chefe do Itaú.

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