Dólar à vista sobe, mas feriado em SP reduz liquidez
Com a BM&FBovespa fechada, o volume financeiro com câmbio à vista deve ser pequeno, em meio à ausência de grandes players
Da Redação
Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.
São Paulo - O dólar no mercado à vista de balcão começou a sessão em alta, a R$ 2,0340 (+0,15%). Em seguida, a moeda à vista desacelerou para R$ 2,0320 (+0,05%).
Sob fraca liquidez e com negócios nesta sexta-feira somente fora da cidade de São Paulo, onde é feriado pelo aniversário de 459 anos de fundação da cidade, o ligeiro ganho inicial do dólar era esperado.
Além de ajustes ao fechamento de ontem do dólar futuro acima do preço à vista, a abertura hoje em campo positivo também tem influência do exterior. Em Nova York, o dólar está em queda ante o euro, mas sobe diante do iene e das principais moedas correlacionadas a commodities no exterior.
Com a BM&FBovespa fechada, o volume financeiro com câmbio à vista deve ser pequeno, em meio à ausência de grandes players. Segundo o gerente de câmbio da Correparti Corretora, de Curitiba, João Paulo de Gracia Corrêa, a liquidez vai diminuir porque os agentes financeiros trabalham hoje com um "spread de proteção".
Segundo ele, se algum investidor quiser vender dólar, o banco comprador costuma pagar uma taxa de câmbio mais baixa. Já se o cliente quiser comprar a moeda, o banco fixará uma taxa mais alta na venda, como forma de se proteger, já que não há a referência de formação de preço do mercado futuro. "Isso desestimula grandes operações, sobretudo de comércio exterior", afirmou.
Na quinta-feira o dólar caiu após o tom mais pessimista do BC em relação à inflação no curto prazo no País. Nessa quinta-feira, a ata da reunião do Copom da semana passada reforçou a percepção dos investidores de que não há espaço para um real mais depreciado em meio à inflação elevada. Além disso, os players iniciaram a movimentação para o fechamento da taxa Ptax de janeiro.
Na próxima semana, a última do mês, os "vendidos" em dólar à vista e no mercado futuro devem exercer pressão visando enfraquecer o dólar e a Ptax de quinta-feira, dia 31. Essa taxa servirá para a liquidação e ajustes das posições que vencem em 1º de fevereiro. Só os bancos carregavam até o dia 21 deste mês uma posição vendida em dólar à vista de US$ 8,030 bilhões, além de uma exposição vendida em aberto em derivativos cambiais (dólar futuro e cupom cambial-DDI) de cerca de US$ 5,5 bilhões em 18/1.
Os investidores estrangeiros também detinham uma posição vendida líquida nesses derivativos cambiais, de cerca de 5 bilhões na mesma data. Já os fundos de investimento (que detinham posição comprada líquida de cerca de US$ 11,4 bilhões em 18/1) vão defender uma valorização do dólar.
Segundo um operador de tesouraria de um banco, há dúvidas se o Banco Central irá ou não rolar o próximo vencimento de cerca de U$ 1,9 bilhão em contratos de swap cambial (equivalente à venda de dólares no mercado futuro) em 1º de fevereiro. No começo de janeiro, uma fonte da autoridade monetária disse que o BC não renovaria os compromissos que vencem no fim de janeiro, mas não houve uma confirmação oficial dessa informação. Além desse lote de swap cambial, vencem cerca de US$ 2 bilhões em linhas de dólares com recompra programada para 1º de fevereiro.
"Apesar do fluxo cambial mensal negativo até o dia 21 em US$ 1,7 bilhão, o patamar atual do dólar, de R$ 2,03, aumenta a probabilidade de o BC não renovar as linhas de dólares com recompra programada. Quanto aos swaps tradicionais, o mercado aguarda uma confirmação oficial do BC", disse o mesmo operador.
No fim do dia ontem, o Banco Central divulgou os procedimentos para apuração da taxa de câmbio real/dólar divulgada pela instituição, a Ptax, no dia 13 de fevereiro (quarta-feira de cinzas).
Serão realizadas duas consultas de forma automática e eletrônica, com duração de dois minutos cada. Os respectivos horários de início serão escolhidos aleatoriamente dentro dos seguintes intervalos: das 14h às 14h10 para a primeira consulta; e entre 15h e 15h10 para a segunda. Segundo o BC, as taxas das demais moedas divulgadas no boletim de fechamento Ptax serão calculadas a partir das taxas capturadas às 15 horas.
No exterior, o aumento acima do esperado do índice alemão IFO de confiança das empresas, atingindo o maior nível em sete meses, e declarações do presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, firmaram as principais bolsas europeias e o euro no campo positivo. Os números fracos do Produto Interno Bruto (PIB) no Reino Unido limitam o movimento na bolsa em Londres.
Em Nova York, às 10h25, o euro estava em US$ 1,3448, de US$ 1,3377 no fim da tarde de ontem. O dólar subia a 90,95 ienes, de 90,32 ienes na véspera. A moeda norte-americano também ganhava ante o dólar australiano (+0,16%), o dólar canadense (+0,28), a rupia indiana (+0,35%) e o peso chileno (+0,16%).
São Paulo - O dólar no mercado à vista de balcão começou a sessão em alta, a R$ 2,0340 (+0,15%). Em seguida, a moeda à vista desacelerou para R$ 2,0320 (+0,05%).
Sob fraca liquidez e com negócios nesta sexta-feira somente fora da cidade de São Paulo, onde é feriado pelo aniversário de 459 anos de fundação da cidade, o ligeiro ganho inicial do dólar era esperado.
Além de ajustes ao fechamento de ontem do dólar futuro acima do preço à vista, a abertura hoje em campo positivo também tem influência do exterior. Em Nova York, o dólar está em queda ante o euro, mas sobe diante do iene e das principais moedas correlacionadas a commodities no exterior.
Com a BM&FBovespa fechada, o volume financeiro com câmbio à vista deve ser pequeno, em meio à ausência de grandes players. Segundo o gerente de câmbio da Correparti Corretora, de Curitiba, João Paulo de Gracia Corrêa, a liquidez vai diminuir porque os agentes financeiros trabalham hoje com um "spread de proteção".
Segundo ele, se algum investidor quiser vender dólar, o banco comprador costuma pagar uma taxa de câmbio mais baixa. Já se o cliente quiser comprar a moeda, o banco fixará uma taxa mais alta na venda, como forma de se proteger, já que não há a referência de formação de preço do mercado futuro. "Isso desestimula grandes operações, sobretudo de comércio exterior", afirmou.
Na quinta-feira o dólar caiu após o tom mais pessimista do BC em relação à inflação no curto prazo no País. Nessa quinta-feira, a ata da reunião do Copom da semana passada reforçou a percepção dos investidores de que não há espaço para um real mais depreciado em meio à inflação elevada. Além disso, os players iniciaram a movimentação para o fechamento da taxa Ptax de janeiro.
Na próxima semana, a última do mês, os "vendidos" em dólar à vista e no mercado futuro devem exercer pressão visando enfraquecer o dólar e a Ptax de quinta-feira, dia 31. Essa taxa servirá para a liquidação e ajustes das posições que vencem em 1º de fevereiro. Só os bancos carregavam até o dia 21 deste mês uma posição vendida em dólar à vista de US$ 8,030 bilhões, além de uma exposição vendida em aberto em derivativos cambiais (dólar futuro e cupom cambial-DDI) de cerca de US$ 5,5 bilhões em 18/1.
Os investidores estrangeiros também detinham uma posição vendida líquida nesses derivativos cambiais, de cerca de 5 bilhões na mesma data. Já os fundos de investimento (que detinham posição comprada líquida de cerca de US$ 11,4 bilhões em 18/1) vão defender uma valorização do dólar.
Segundo um operador de tesouraria de um banco, há dúvidas se o Banco Central irá ou não rolar o próximo vencimento de cerca de U$ 1,9 bilhão em contratos de swap cambial (equivalente à venda de dólares no mercado futuro) em 1º de fevereiro. No começo de janeiro, uma fonte da autoridade monetária disse que o BC não renovaria os compromissos que vencem no fim de janeiro, mas não houve uma confirmação oficial dessa informação. Além desse lote de swap cambial, vencem cerca de US$ 2 bilhões em linhas de dólares com recompra programada para 1º de fevereiro.
"Apesar do fluxo cambial mensal negativo até o dia 21 em US$ 1,7 bilhão, o patamar atual do dólar, de R$ 2,03, aumenta a probabilidade de o BC não renovar as linhas de dólares com recompra programada. Quanto aos swaps tradicionais, o mercado aguarda uma confirmação oficial do BC", disse o mesmo operador.
No fim do dia ontem, o Banco Central divulgou os procedimentos para apuração da taxa de câmbio real/dólar divulgada pela instituição, a Ptax, no dia 13 de fevereiro (quarta-feira de cinzas).
Serão realizadas duas consultas de forma automática e eletrônica, com duração de dois minutos cada. Os respectivos horários de início serão escolhidos aleatoriamente dentro dos seguintes intervalos: das 14h às 14h10 para a primeira consulta; e entre 15h e 15h10 para a segunda. Segundo o BC, as taxas das demais moedas divulgadas no boletim de fechamento Ptax serão calculadas a partir das taxas capturadas às 15 horas.
No exterior, o aumento acima do esperado do índice alemão IFO de confiança das empresas, atingindo o maior nível em sete meses, e declarações do presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, firmaram as principais bolsas europeias e o euro no campo positivo. Os números fracos do Produto Interno Bruto (PIB) no Reino Unido limitam o movimento na bolsa em Londres.
Em Nova York, às 10h25, o euro estava em US$ 1,3448, de US$ 1,3377 no fim da tarde de ontem. O dólar subia a 90,95 ienes, de 90,32 ienes na véspera. A moeda norte-americano também ganhava ante o dólar australiano (+0,16%), o dólar canadense (+0,28), a rupia indiana (+0,35%) e o peso chileno (+0,16%).