Mercados

Distribuidora do game Free Fire aposta em CR7 e triplica valor em bolsa

Sucesso do jogo de celular levou cofundador da companhia ao hall dos bilionários

Free Fire: jogo de tiro ficou entre os cinco mais baixados em lojas de aplicativo por três meses consecutivos (Garena International/Divulgação)

Free Fire: jogo de tiro ficou entre os cinco mais baixados em lojas de aplicativo por três meses consecutivos (Garena International/Divulgação)

GG

Guilherme Guilherme

Publicado em 1 de dezembro de 2019 às 08h00.

Última atualização em 1 de dezembro de 2019 às 09h00.

O mais novo bilionário de Singapura é um ex-funcionário do governo que colocou o popular game Free Fire no clube dos ultrarricos esta semana.

O game do gênero battle royale, ou de luta até a morte, distribuído pela Sea está entre os cinco jogos mais baixados nas lojas de aplicativos da Apple e Google por três trimestres seguidos este ano e acumula US$ 1 bilhão em receita ajustada desde o lançamento em 2017. A demanda triplicou o valor de mercado da Sea e a fortuna do cofundador Gang Ye, ex-aluno da Universidade Carnegie Mellon que trabalhou para a Wilmar International e para o Conselho de Desenvolvimento Econômico de Singapura.

O jovem, de 39 anos, se une ao cofundador Forrest Li, cuja maior participação na empresa de games e comércio eletrônico de crescimento acelerado elevou sua fortuna para dez dígitos no início deste ano. Ye, que se mudou da China para Singapura nos anos 90 quando adolescente e se tornou cidadão logo após seu retorno dos EUA, ocupa o cargo de diretor de operações da Sea desde 2017.

O executivo detém uma participação de 8,4% na empresa e acumula fortuna US$ 1 bilhão, segundo o Índice de Bilionários Bloomberg. Um representante da empresa não quis comentar sobre o patrimônio líquido de Ye.

As ações da empresa, controladas parcialmente pela gigante de redes sociais Tencent Holdings, subiram para nível recorde na quarta-feira depois que a Sea divulgou ter triplicado a receita, para US$ 610,1 milhões no terceiro trimestre. Os papéis acumulam alta de 234% este ano.

https://www.youtube.com/watch?v=PNuHYljRXp0

Embora os games sejam o maior negócio da Sea, a plataforma de comércio eletrônico Shopee também cresce rapidamente. A receita do segmento mais que triplicou no trimestre, ajudando a reduzir o prejuízo líquido para US$ 206 milhões. A dependência da Sea do sucesso de “apenas alguns títulos de jogos” foi destacada como um dos riscos comerciais da empresa em relatório anual de 2018.

A Shopee, cujos anúncios de televisão e online contam com a estrela do futebol Cristiano Ronaldo, da Juventus, liderou a categoria de compras pelo celular no Sudeste Asiático em usuários ativos mensais e downloads no terceiro trimestre, segundo a consultoria Iprice Group. Embora o avanço de gigantes do comércio eletrônico como Alibaba e Amazon.com no território da Sea desperte preocupações sobre o crescimento, a empresa possui uma “firme liderança na região que é difícil de abalar”, disse o analista da Bloomberg Intelligence, Matthew Kanterman, em novembro.

Ye e Li são os mais novos bilionários que emergem no mercado de games. Tim Sweeney, fundador da Epic Games, que distribui o Fortnite, tem uma fortuna de US$ 7,2 bilhões enquanto Gabe Newell -- cuja empresa Valve opera a plataforma Steam - possui patrimônio líquido de US$ 5,7 bilhões, segundo o ranking da Bloomberg.

Acompanhe tudo sobre:AçõesGamesJogos online

Mais de Mercados

Ibovespa perde os 129 mil pontos com incertezas fiscais no radar; dólar dispara 1,24% a R$ 5,551

Ações da Volvo sobem 7% enquanto investidores aguardam BCE

Reunião de Lula sobre corte de gastos e decisão de juros na Europa: o que move o mercado

BC eleva o limite de operações de câmbio feitas em instituições não bancárias para US$ 500 mil

Mais na Exame