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Brasil e EUA definem juros hoje

Enquanto o Banco Central deve anunciar a redução dos juros para 9,25% ao ano, nos Estados Unidos o Fed deve manter a taxa de juros inalterada

Janet Yellen: o banco central americano deve manter inalteradas as taxas de juros (Win McNamee/Getty Images)
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EXAME Hoje

Publicado em 26 de julho de 2017 às 07h02.

Última atualização em 26 de julho de 2017 às 08h06.

Enquanto no Brasil o Banco Central deve anunciar nesta quarta-feira a redução dos juros de 10,25% para 9,25% ao ano, nos Estados Unidos o banco central do país (Fed) deve manter a taxa de juros inalterada entre 1% e 1,25%, na reunião que também termina nesta quarta.

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Apesar disso, a expectativa é de que o Fed dê pistas sobre a redução de seu inflado balanço de 4,5 trilhões de dólares. A expectativa é de que a redução comece na reunião de setembro. Durante a crise iniciada em 2008, o Fed não apenas reduziu a taxa de juros para perto de zero como também aumentou seu balanço em cerca de 3,5 trilhões de dólares com a compra de títulos do tesouro e títulos garantidos por hipotecas. Com os juros mais altos, chegou a vez de rever também o balanço.

A expectativa é de que o banco eleve os juros mais uma vez ainda este, na reunião de dezembro. Há, no entanto, um problema a ser acompanhado de perto: a inflação. Desde janeiro, a inflação do país vem desacelerando. Em junho, o índice de preços interanual ficou em 1,6%, abaixo da meta de 2%. O Fed tem insistido que a fraqueza dos índices decorre de fatores temporários, como preços de energia e de remédios.

Em seu depoimento na Câmara dos deputados há duas semanas, a presidente do Fed, Janet Yellen, disse que estava disposta a repensar o ritmo da alta da taxa de juros caso a inflação continue a deteriorar-se. Em relatório divulgado nesta semana, o Fundo Monetário Internacional listou como um dos riscos financeiros global uma aceleração maior do que a prevista na normalização da política monetária nos Estados Unidos, o que poderia desencadear reversões nos fluxos de capital para as economias emergentes. Por enquanto, a economia americana parece caminhar para o sentido oposto. Uma boa notícia para o Brasil.

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