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Demanda de estrangeiro faz mercado de debêntures crescer

Entre os motivos que atraem investidores estrangeiros estão a isenção de impostos e as taxas mais altas


	As emissões de debêntures devem subir pelo menos 20 por cento este ano, de acordo com o Banco Votorantim SA e o Banco do Brasil SA
 (Alex Wong/Getty Images)

As emissões de debêntures devem subir pelo menos 20 por cento este ano, de acordo com o Banco Votorantim SA e o Banco do Brasil SA (Alex Wong/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.

São Paulo - As emissões de debêntures devem subir pelo segundo ano consecutivo, reduzindo a diferença para as captações externas para o menor nível desde 2008. Entre os motivos que atraem investidores estrangeiros estão a isenção de impostos e as taxas mais altas.

As emissões de debêntures devem subir pelo menos 20 por cento este ano, de acordo com o Banco Votorantim SA e o Banco do Brasil SA.

Com isso, podem chegar a R$ 103,9 bilhões, após o salto de 71 por cento no ano passado. As captações externas cresceram para um recorde de US$ 53,2 bilhões em 2012, o maior volume entre as economias em desenvolvimento.

As empresas brasileiras estão optando por tomar recursos em reais depois de o Banco Central promover o maior corte na taxa básica de juros do Grupo dos 20, para 7,25 por cento.

Ao mesmo tempo, investidores externos se voltam para os mercados emergentes em busca de rendimentos maiores após a injeção de recursos pelo Federal Reserve na economia, o chamado quantitative easing, mantém os juros americanos em sua mínima histórica.

A Auto Raposo Tavares emitiu R$ 750 milhões em dezembro, com rendimento de cerca de 11,6 por cento, fazendo a primeira emissão de debêntures de infraestrutura isenta de impostos para estrangeiros, um sinal para o Banco do Brasil de que a demanda do exterior irá ampliar as emissões em 2013.

“As empresas estão tomando recursos por prazos maiores no mercado local, e alguns investidores estrangeiros têm vindo comprar debêntures de infraestrutura aqui, o que é algo completamente novo”, disse Leo Loyola, gerente executivo de mercados de capitais do Banco do Brasil, em entrevista por telefone São Paulo.

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